Para que o Censo seja realizado com qualidade, é fundamental a adequada cobertura de todo o território nacional. Ao longo do planejamento da operação, o IBGE aperfeiçoa cadastros de endereços, de estruturas territoriais e mapas que, juntos, formam a Base Territorial. São esses dados que traçam o caminho que o recenseador vai percorrer durante a coleta até cada um dos mais de 70 milhões de domicílios brasileiros.

A cobertura da coleta Censo Demográfico 2022 será obtida por meio dos mais de 450 mil setores censitários em que o território nacional foi dividido nos anos que antecederam o recenseamento. Os setores permitem que o trabalho simultâneo de coleta dos mais de 183 mil recenseadores durante os três meses de operação censitária ocorra de forma ordenada.

A Base Territorial do IBGE é o sistema de informações espaciais, concebido para dar suporte à coleta e à divulgação de dados estatísticos. É formada por uma base gráfica de informações georreferenciadas, por representações das estruturas territoriais (da divisão político-administrativa, cidades, povoados, agrupamentos indígenas e de muitos outros elementos espaciais) e integrada a um conjunto de cadastros alfanuméricos (geocódigos), mantidos de modo descentralizado. Por meio dos bancos cadastrais e gráficos da base territorial, constitui-se a malha de setores censitários do IBGE.

Para garantir que a coleta e divulgação dos dados estejam coerentes com divisão político-administrativa vigente, o IBGE acompanha a evolução dos limites territoriais junto aos Estados e Prefeituras. Toda esta organização encontra-se representada geograficamente através dos setores censitários:

Fonte: Base Territorial de coleta do Censo 2022

Os setores censitários são classificados em urbanos e rurais, considerando-se as características da ocupação, os usos do território e a situação de concentração e dispersão dos domicílios. Essas unidades de coleta e divulgação são também diferenciadas quanto à existência de situações específicas de coleta – aglomerados subnormais, agrupamentos indígenas e quilombolas, agrovilas, alojamentos, acampamentos, quarteis etc. – e quanto à sua localização em recortes territoriais específicos, como Terras Indígenas, Territórios Quilombolas e Unidades de Conservação. Para a realização da coleta, foram produzidos mapas para cada setor censitário e para os recortes operacionais da pesquisa – mapas municipais, mapas urbanos e mapas especiais de Terras Indígenas e Territórios Quilombolas. Os mapas dos setores censitários foram produzidos sempre em duas vias: uma com o croqui dos arruamentos e informações cartográficas básicas e outra com a imagem orbital de grande detalhamento para a área a ser recenseada. No total, são aproximadamente 1 milhão de mapas que orientarão as equipes de coleta em todo o país.