Após a realização do teste na ilha de Paquetá (RJ), em continuidade aos trabalhos preparatórios do Censo, o IBGE iniciou a realização da sua segunda etapa de testes da pesquisa. Dessa vez, a iniciativa foi mais abrangente e contou com a participação de todas as Unidades da Federação.

Os testes ocorreram ao longo de todo o mês de novembro e parte do mês de dezembro de 2021, se estendendo em alguns casos específicos por janeiro de 2022 até meados de fevereiro do mesmo ano. Foi realizada coleta tanto em bairros de capitais – como Minas Brasil em Belo Horizonte (MG), Laguinho em Macapá (AP) e Amaralina em Salvador (BA) – quanto em localidades mais afastadas – como a comunidade ribeirinha de Novo Remanso, a 200 km de Manaus (AM), ou o município de Tigrinhos, a nove horas de carro de Florianópolis (SC).

A coleta também foi prevista em setores como Comunidades Quilombolas e Terras Indígenas, onde o IBGE pôde testar e validar procedimentos e protocolos específicos para estes povos, com métodos específicos de abordagem e protocolos sanitários diferenciados, além da abertura de quesitos específicos nos questionários para estas populações. Foi testado também o questionário de aldeia indígena, aplicado exclusivamente para as lideranças indígenas.

Foi realizada ainda a coleta de dados em setores de Aglomerados Subnormais, localidades em que a questão da ordenação urbana e a situação da segurança pública são um desafio ainda maior que nos demais setores. Portanto, além de todos os processos já previstos para as demais localidades, nestes setores, o IBGE testou a abordagem prévia às representações locais destas comunidades no sentido de sensibilizar e preparar para a realização da operação.

Por ter alcance nacional, a operação permitiu o envolvimento de todas as equipes de coordenação local de gerenciamento do Censo, possibilitando o uso de todos os sistemas de acompanhamento e a ambientação com as diversas ferramentas de acompanhamento e controle da coleta.

A operação abrangeu todas as etapas de preparação e realização como: treinamento, envolvendo uma etapa remota e uma etapa presencial; coleta das informações urbanísticas do entorno dos domicílios; coleta dos questionários utilizando o modelo misto de abordagem que inclui a coleta de dados presencial, por telefone e pela internet; realização dos procedimentos de verificação da qualidade do trabalho dos recenseadores pelos supervisores (supervisão). Além disso, houve a realização da Pesquisa de Pós-Enumeração (PPE) em uma subamostra dos setores do teste, que é uma pesquisa independente e tem por objetivo produzir indicadores de qualidade e cobertura da operação.

Os principais objetivos do Teste de Homologação de Equipamentos e Sistemas, portanto, foram os de reforçar os aspectos avaliados em Paquetá, desta vez em todas as Unidades da Federação:

• Mobilização e maior preparação para a operação de 2022, com foco na utilização dos equipamentos e sistemas do censo em todas as Unidades Estaduais do IBGE;
• Sensibilização da sociedade sobre a realização do Censo Demográfico em 2022;
• Testar novamente a modalidade mista de coleta de dados, prevendo as abordagens na forma presencial, por telefone e pela internet;
• Testar em campo a adoção de protocolos de segurança sanitária durante a realização da operação, frente à pandemia de Covid-19;
• Fornecer elementos na construção do Processo de Disseminação do Censo Demográfico, dentre outros.

Cabe ressaltar que os recenseadores do IBGE atuaram de acordo com os protocolos de saúde estabelecidos por conta da pandemia de Covid-19, portando equipamentos de proteção adequados, com vistas à preservação da saúde e da vida de todos os envolvidos na operação e dos seus entrevistados.

Confira aqui as localidades e setores onde foram realizados os testes em todo o Brasil