O IBGE e a Central Única das Favelas (Cufa) Amapá realizam uma parceria com o objetivo de reduzir o percentual de domicílios que não responderam ao Censo 2022 nos aglomerados subnormais, popularmente conhecidos como favelas, comunidades, vilas, grotas ou palafitas.

Regionalmente, os ambientes naturais onde, majoritariamente, essas moradias localizam-se, são chamados de áreas de "ressaca". Resumidamente, são áreas úmidas conectadas a um curso d'água com diversas funções ecológicas e culturais, como drenagem das águas das chuvas, controle climático, recreação e turismo, entre outras (vide a publicação indicada no link).

A ação ocorreu durante o mês de abril, no aglomerado subnormal " Carlos Almeida de Souza", no bairro Jardim Felicidade, na Zona Norte de Macapá. A Cufa indicou um guia, que mora no local, para acompanhar a recenseadora do IBGE nas entrevistas que faltavam ser realizadas na comunidade.

Crédito: IBGE

Voluntário da Cufa que participa da ação, Omar da Silva lembrou que os dados do Censo são fundamentais para elaboração de atividades que a Cufa realiza nas periferias.

“Essa parceria é importante porque vamos poder estimar quantas pessoas moram em áreas periféricas do Amapá. A partir dos dados do Censo 2022, a Cufa vai poder pensar melhor as ações culturais, sociais e de empreendedorismo que realiza nas periferias do estado”, frisou.

Crédito: IBGE

De acordo com o chefe da Seção de Disseminação de Informações do IBGE, Joel Lima, a parceria busca aumentar a proporção de domicílios recenseados no aglomerado subnormal.

"São 152 domicílios ocupados nesse aglomerado subnormal, desses, 13 estavam sem entrevista, o que representava 8% do setor censitário incompleto. A meta do IBGE é que esse valor seja menos de 5%”, explicou.

A parceria entre IBGE e Cufa Amapá é um desdobramento da Ação Nacional de Mobilização ocorrida em 25 de março, visando reduzir o percentual de domicílios que não responderam ao Censo nos aglomerados subnormais de todo o país.