IBGE assume Grupo de Especialistas das Nações Unidas sobre a Integração de Informação Estatística e Geoespacial

Editoria: Censo 2022 | Da Redação

12/12/2022 09h27 | Atualizado em 12/12/2022 09h28

Entre os dias 28 de novembro e 2 de dezembro de 2022, o IBGE participou de dois eventos promovidos pelo Comitê de Especialistas em Gestão Global de Informações Geoespaciais para as Américas (UN-GGIM: Américas) e pelo Grupo de Especialistas das Nações Unidas sobre a Integração de Informação Estatística e Geoespacial (EG-ISGI), na sede da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) em Santiago, no Chile.

Nos três primeiros dias foi realizada a Nona Sessão do UN-GGIM: Américas. Essa reunião visa a compartilhar avanços e a projetar ações futuras da agenda de trabalho deste comitê regional. Esse comitê faz parte da arquitetura regional do órgão global das Nações Unidas sobre o assunto (UN-GGIM), que se reporta ao Conselho Econômico e Social das Nações Unidas (ECOSOC) e tem uma rica agenda de trabalho focada no fortalecimento do uso de informações geoespaciais para subsidiar a tomada de decisões e políticas públicas, com especial atenção à Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável. O UN-GGIM: Américas foi criado em 2013 com o objetivo de fortalecer os processos nacionais de gestão de informação geoespacial nos países da região, com base na implementação das diretrizes geradas pelo Comitê de Especialistas UN-GGIM em nível global.

Esta é a primeira vez que esta reunião regional foi realizada nas dependências da CEPAL, com a participação de delegações de 22 países, compostas por diretores de agências geoespaciais nacionais e outras organizações especializadas na área.

Neste evento, o Brasil assumiu o Grupo de Trabalho do Marco Estratégico de Informação e Serviços Geoespaciais para Desastres — antigo GT de Desastres do UN-GGIM: Américas — que será liderado em conjunto com o Equador. Durante o evento a mesa foi mediada pelo Diretor de Geociências, Claudio Stenner e contou com apresentação sobre a População em Áreas de Risco no Brasil – projeto fruto de acordo com o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (CEMADEN), realizada pelo Coordenador de Geografia, Cayo Franco em nome do Coordenador de Meio Ambiente, Therence Sarti, que será o representante do Brasil no GT.

O IBGE também foi representado pela Diretora-Adjunta Miriam Barbuda, representante do Brasil no UN-GGIM: Américas e pela Coordenadora de Geodésia, Presidente do Sistema de Referência Geodésico para as Américas (SIRGAS) e Presidente do Marco de Referência para as Américas (GRFA), Sonia Costa.

A Coordenadora de Geodésia fez duas apresentações no evento: “SIRGAS e o Grupo de Trabalho GRFA do UN-GGIM: Américas interações para a geodésia sustentável nas Américas” e “A implementação do GGRF nas Américas”. Em ambas apresentações, reforçou-se a importância do compartilhamento dos dados geoespaciais — no caso específico, informações geodésicas coletadas por estações GNSS de operação contínua —, na prevenção de desastres naturais e no monitoramento das mudanças climáticas, em atendimento à Agenda 2030.

O IBGE também marcou presença com a apresentação da servidora Andrea Diniz da Silva sobre o Hub Regional das Nações Unidas para Big Data no Brasil, sediado na Escola Nacional de Ciências Estatísticas (ENCE) do IBGE. O Hub Regional visa a contribuir para o avanço no uso de big data para melhorar a produção de estatísticas oficiais, promovendo o compartilhamento de conhecimento e o desenvolvimento de iniciativas inovadoras na América Latina e Caribe.

No último dia do evento das Américas, o Brasil foi representando pelo Diretor Claudio Stenner, que apresentou o Quadro Global Estadístico e Geoespacial (GSGF) no workshop promovido para disseminar este importante referencial de integração da informação geoespacial e estatística global. Esse workshop foi um preâmbulo para as discussões que se sucederiam nos dois próximos dias.

Nos dias 1 e 2 de dezembro, foi realizada a Sétima Reunião do Grupo de Especialistas em Integração de Informação Estatística e Geoespacial (EG-ISGI). O EG-ISGI é composto por representantes de organizações nacionais geoespaciais e estatísticas dos Estados Membros, e que possuem conhecimento e experiência nos tópicos abrangidos pelos objetivos e funções do grupo. O EG-ISGI desempenha um papel de liderança ao aumentar a conscientização e destacar a importância de informações estatísticas e geoespaciais confiáveis, oportunas, adequadas à finalidade e integradas para apoiar a tomada de decisões sociais, econômicas, ambientais e de resiliência, inclusive no sub- nível nacional e regional. O Grupo de Especialistas em Integração de Informação Estatística e Geoespacial faz parte da arquitetura organizacional do ECOSOC e se reporta tanto à Divisão de Estatísticas quanto ao UN-GGIM.

Na 12ª. Sessão do UN-GGIM realizada em agosto, em Nova York, Brasil e Irlanda propuseram assumir o Grupo de Especialistas. Na reunião, realizada no auditório Celso Furtado, na sede da CEPAL, ambos os países foram aclamados como novos Co-Presidentes do EG-ISGI. Assim, o Diretor de Geociências, Claudio Stenner, será um dos presidentes desse grupo de especialistas no período de 2022 - 2024.

“Esse Grupo de Especialistas está próximo de completar 10 anos e o Brasil fez parte dele desde sua concepção. As discussões, documentações e referenciais foram muito importantes para o Brasil na construção de novos produtos e estruturas, como o Quadro Geográfico, e para a maior integração entre as áreas de estatística e geociências do IBGE como tem ocorrido durante o Censo 2022. Assumir esse grupo é a possibilidade de apoiar outros países no processo de integração dessas informações que é fundamental para enfrentar desafios impostos pelas mudanças climáticas, redução de riscos de desastres, pandemias etc. É também uma oportunidade do IBGE e do Brasil estarem na vanguarda da integração dessas informações”afirmou o Diretor Claudio Stenner.

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