DGC/CETE realiza seminário sobre projeto técnico para levantamento de dados sobre Povos e Comunidades Tradicionais no Censo 2022

Editoria: Censo 2022 | Da Redação

22/03/2022 12h33 | Atualizado em 22/03/2022 12h33

Sempre que o IBGE realiza um novo censo, a Coordenação de Estruturas Territoriais da Diretoria de Geociências (CETE/DGC) em conjunto com as Supervisões de Base Territorial (SBTs), presentes nas 27 Unidades Estaduais do IBGE, se debruçam sobre mapas e dados estatísticos para produzir uma versão atualizada da malha de setores censitários. Essa malha é um dos elementos fundamentais da atividade censitária pois é por meio dela que são gerados os mapas que irão guiar os recenseadores em campo e ajudá-los a percorrer corretamente suas áreas de trabalho. Com mapas atualizados e de boa qualidade fica mais fácil encontrar os domicílios e seus moradores e, assim, aplicar os questionários do censo.

Apresentação de slides durante reunião da DGC/CETE com as Coordenações Censitárias de Base Territorial

Nesse sentido, o planejamento da base territorial para o Censo Demográfico 2022 tem exigido esforços adicionais em relação aos censos anteriores. É que nesse censo será posta em prática uma nova metodologia – elaborada no âmbito das atividades do Grupo de Trabalho de Povos e Comunidades Tradicionais (GT de PCTs) – para dar conta especialmente do levantamento das populações indígenas e quilombolas. Essa última será pesquisada pela primeira vez num censo e, junto com os indígenas, terão procedimentos específicos em seu levantamento que pretende alcançar todos os territórios onde vivem esses povos. Isto é, nas diversas situações em que podem ser encontrados como em áreas rurais ou urbanas, nos campos, nas florestas ou nas cidades.

Página da Agência IBGE informando sobre reuniões com lideranças quilombolas

Todos esses procedimentos foram desenvolvidos num projeto técnico que vem sendo posto em prática num trabalho conjunto do GT de PCTs com as Unidades Estaduais, tendo a CETE e as Coordenações Censitárias de Base Territorial nos estados trabalhado na produção e sistematização de informações geoespaciais para subsidiar as atividades previstas.

Assim, considerando a relevância e a magnitude dessa atividade no censo que se avizinha, nos dias 21 e 22 de fevereiro, a Gerência de Territórios Tradicionais e Áreas Protegidas da CETE/DGC organizou duas reuniões remotas com as Coordenações Censitárias de Base Territorial, com a participação de membros das Supervisões de Base Territorial (SBTs) e de outras áreas das Unidades Estaduais. Uma delas foi voltada às equipes das Unidades Estaduais da região amazônica pelas peculiaridades, dimensões e acesso aos locais onde vivem os povos e comunidades tradicionais, sobretudo os indígenas. Nas duas reuniões buscou-se reforçar os conceitos definidos no projeto técnico, apresentar novas funcionalidades do Portal da Base Territorial, as frações amostrais válidas para as áreas de PCTs, os dados coletados para a BIOS e o esclarecimento de dúvidas.

 

Mapa Dinâmico de Reconhecimento Territorial disponível no Portal da Base Territorial - Censo

Com essa reunião também foi aberta a possibilidade de que a rede de SBTs distribuídas por todo o país possa dar uma contribuição mesmo durante o período de coleta. É que com os diversos instrumentos colocados à disposição para o monitoramento das atividades em campo, com destaque para o Portal da Base Territorial - Censo, é possível ter uma visão dos insumos para os trabalhos do censo em diferentes divisões geográficas, de modo a subsidiar as demais coordenações censitárias estaduais.

O Portal da Base Territorial – Censo foi desenvolvido pela DI/COBAD e pela DGC/CETE e estará disponível aos servidores envolvidos com o censo. Nesse portal estarão disponíveis uma série de dados e mapas como os de consumidores de baixa tensão segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL); dados de setores superdimensionados do CNEFE; estimativa de domicílios ocupados; ranking do número de faces por setor; número de setores e mapas de terras e territórios indígenas e quilombolas por município, área, subárea e posto de coleta, além do acesso aos mapas municipais e urbanos estatísticos (MME e MUE). Todas essas informações ajudarão a aferir a consistência dos dados coletados permitindo seu monitoramento e quando for o caso, a realização de ajustes em tempo hábil.

Além disso, encontram-se em desenvolvimento novas funcionalidades no SIGC que darão um painel da coleta nos estados e municípios, em que será possível visualizar os levantamentos por posto de coleta, por terra indígena, por território quilombola entre outros recortes espaciais. A partir desses recortes podem ser gerados diversos relatórios que estarão disponíveis aos vários níveis gerenciais do censo, sobretudo aos CCS. Isso permitirá um acompanhamento compartilhado e minucioso do trabalho de coleta, particularmente em áreas de PCTs pelos cuidados que envolvem a realização do censo nessas áreas.

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