Treinamento da Pesquisa Urbanística do Entorno dos Domicílios

Abertura

Objetivos

Você vai precisar de aproximadamente 5 horas para concluir o estudo deste treinamento, atingindo os seguintes objetivos:

reconhecer a importância da Pesquisa do Entorno, sua abrangência e público-alvo;
compreender a metodologia empregada para realização da Pesquisa;
conhecer a metodologia de coleta e identificar e definir as faces nos aglomerados subnormais - AGSNs adensados;
identificar os conceitos básicos relativos à pesquisa observacional; e
reconhecer os elementos urbanísticos do Entorno e preencher o instrumento de coleta de dados.

Roteiro do Curso

Para facilitar a sua aprendizagem, o curso está organizado nos seguintes tópicos:

introdução à Pesquisa do Entorno; e
preenchimento de questionário.

Aglomerado Subnormal: É um conjunto de, no mínimo, 51 unidades habitacionais (barracos, casa…) carentes, em sua maioria de serviços públicos essenciais, ocupando ou tendo ocupado, até período recente, terreno de propriedade alheia (pública ou particular) e estando dispostas, em geral, de forma desordenada e densa.
Fonte: Manual LIT
Arborização: Árvores plantadas nas calçadas ao longo de ruas e avenidas.
Fonte: CGEMA/IBGE
Asfalto: Material aglutinante de consistência variável, cor pardo-escura ou negra e no qual o constituinte predominante é o betume, podendo ocorrer na natureza em jazidas ou ser obtido pela refinação do petróleo.
Fonte: Manual DNIT – Glossário termos técnicos
Aquavia: Via líquida usada para o transporte. Sinônimo: Hidrovia.
Fonte: Manual DNIT – Glossário termos técnicos
Automóvel: Veículo automotor destinado ao transporte de passageiros, tendo quatro rodas e com capacidade de transporte de até nove pessoas e respectivas bagagens ou até seis pessoas, no caso do brasil.
Fonte: Manual DNIT – Glossário termos técnicos
Bueiro / boca de lobo: Entrada de uma caixa coletora de água pluvial, geralmente provida de grades ou abertura em um meio fio que serve de entrada para águas a serem escoadas através de bueiro.
Fonte: Manual DNIT – Glossário termos técnicos
Calçada: Parte da via, normalmente segregada e em nível diferente, geralmente caracterizada por um meio fio, não destinada à circulação de veículos, reservada ao trânsito de pedestres e, quando possível, à implantação de mobiliário, sinalização, vegetação, placas de sinalização e outros fins.
Fonte: DNIT – Travessias urbanas
Calçamento: Camada de rolamento constituída de materiais pétreos ou outros, colocados contiguamente, constituindo uma superfície regular.
Fonte: DNIT – Glossário termos técnicos
Canteiro central: Espaço compreendido entre os bordos internos de pistas de rolamento de tráfego, para separá-las física, operacional, psicológica e esteticamente; por definição, inclui os acostamentos internos ou faixas de espera e conversão à esquerda. Para a Pesquisa do Entorno os elementos urbanísticos do canteiro central devem ser coletados e inclui, ainda, os elementos geométricos das vias, tais como, rotatórias, agulhas, acessos e demais formas desde que não contenham elementos recenseáveis, domicílios ou estabelecimentos, classificados como face NAR – Nada a registrar pelo Cadastro Nacional de Endereços para Fins Estatísticos - CNEFE.
Fonte: DNIT – Glossário termos técnicos
Ciclofaixa: Parte da pista de rolamento destinada à circulação exclusiva de ciclos, delimitada por sinalização específica.
Fonte: DNIT – Travessias urbanas
Ciclovia: Pista própria destinada à circulação de ciclos, separada fisicamente do tráfego comum.
Fonte: DNIT – Travessias urbanas
Elementos da pesquisa de entorno: Elementos da infraestrutura urbanística a serem observados durante a Pesquisa do Entorno, são dez: Circulação da via; Via pavimentada; Bueiro/ boca de lobo; Iluminação pública; Ponto de ônibus/ van; Via sinalizada para bicicleta; Calçada / passeio; Obstáculo na calçada; Rampa para cadeirante; Arborização.
Fonte: CGEMA/IBGE
Encosta: Quando a área localiza-se, ainda que parcialmente, em terreno de aclive acentuado. Segundo lei de parcelamento do solo urbano só é permitido loteamento em terrenos com inclinação igual ou superior a 30% se atendidas exigências específicas das autoridades municipais. (lei nº 6.766, parcelamento do solo urbano)
Fonte: Manual LIT
Face: Face é cada um dos lados da quadra, contendo ou não domicílios ou estabelecimentos.
Fonte: IBGE
Face confrontante: A face em frente a face em trabalho (ou percorrida), independentemente de pertencer ao setor que está sendo trabalhado, contendo ou não domicílios ou estabelecimentos.
Fonte: CGEMA/IBGE
Iluminação pública: Serviço que tem por objetivo prover de luz, ou claridade artificial, os logradouros públicos no período noturno ou nos escurecimentos diurnos ocasionais, inclusive aqueles que necessitam de iluminação permanente no período diurno.
Fonte: NBR 5101:2012
Infraestrutura urbana: Infraestrutura urbana se refere ao conjunto de serviços e equipamentos urbanos básicos indispensáveis a uma cidade ou sociedade, como abastecimento e distribuição de água, gás, energia elétrica, rede telefônica, serviços básicos de saneamento, transporte público e outros.
Fonte: Wikipedia
Localização: Local onde encontra-se o objeto de pesquisa distinguindo-o dos demais objetos pesquisados, pode ser em relação ao setor: urbano ou rural, a face em relação a sua confrontante, dos balões das edificações no mapa do setor. A localização pode ainda ser georreferenciada, ou seja, identificada pelas coordenadas geográficas de latitude e longitude, individualizando o ponto de todos os outros da superfície da terra.
Fonte: Manual ACM/ACS
Logradouro: Espaço livre, inalienável, destinado à circulação, parada ou estacionamento de veículos, ou à circulação de pedestres, tais como: calçadas, parques, áreas de lazer, calçadões, e reconhecido pela municipalidade, que lhe confere designação oficial.
Fonte: DNIT – Travessias urbanas
Margem de córregos, rios ou lagos lagoas: As margens de córregos, rios ou lagos/lagoas caracterizam-se como área de preservação permanente. Dessa forma, deve ser reservada, sem presença de edificações, faixa marginal medida a partir do nível mais alto, variando, no caso dos cursos d’água de 30 a 500 metros, considerando a largura do curso. No caso dos lagos e lagoas essa faixa varia de 30 metros, em áreas urbanas consolidadas, a 100 metros em áreas rurais. (lei nº 12.561, código florestal)
Fonte: Manual LIT
Meio-fio: Construção longitudinal em degrau, disposta na borda da pista de rolamento, acostamento ou faixa de segurança, com o objetivo de delimitar fisicamente a pista, proteger o trânsito de pedestres, conduzir águas pluviais, conter o pavimento, delimitar áreas não pavimentadas e, especialmente, realçar para o motorista, mediante um obstáculo intencional ao deslocamento transversal do veículo, as trajetórias possíveis. Também é denominado guia.
Fonte: DNIT – Travessias urbanas
Paralelepípedos: Pedra lavrada, em forma de prisma retangular, que se utiliza como material de pavimento.
Fonte: Manual DNIT – Glossário termos técnicos
Passeio: Parte da calçada ou da pista de rolamento, neste último caso separada por pintura ou elemento físico, livre de interferências, destinada à circulação exclusiva de pedestres e, excepcionalmente, de ciclistas.
Fonte: NBR 9050
Pavimento: Superestrutura constituída por um sistema de camadas de espessuras finitas, assentes sobre a infraestrutura ou terreno de fundação, a qual é designada de subleito.
Fonte: Manual DNIT – Glossário termos técnicos
Pé-de-moleque: Calçamento feito com pedras de forma irregular.
Fonte: Manual DNIT – Glossário termos técnicos
Pedestre: Usuário da via pública que se locomove a pé.
Fonte: DNIT – Travessias urbanas
Perímetro do setor censitário: Corresponde aos limites externos do setor censitário. Representa a descrição dos limites do setor censitário a partir de um ponto inicial que coincide com o ponto final para o fechamento da linha do setor censitário. A função básica da descrição do perímetro do setor censitário é de servir de referência ao agente de coleta, de modo a evitar omissões ou invasões de áreas e, assim, assegurar a correta cobertura da área pesquisada.
Fonte: Manual da Base Territorial Contínua
Pessoa com mobilidade reduzida: Aquela que, temporária ou permanentemente, tem limitada sua capacidade de relacionar-se com o meio e de utilizá-lo. Entende-se por pessoa com mobilidade reduzida, a pessoa com deficiência, idosa, obesa, gestante entre outros.
Fonte: NBR 9050
Piso tátil: Piso caracterizado por textura e cor contrastantes em relação ao piso adjacente, destinado a constituir alerta ou linha-guia, servindo de orientação, principalmente, às pessoas com defciência visual ou baixa visão. São de dois tipos: piso tátil de alerta e piso tátil direcional.
Fonte: NBR 9050
Pista de rolamento: Parte da via projetada para deslocamento dos veículos, podendo conter uma ou mais faixas de tráfego.
Fonte: DNIT – Travessias urbanas
Placa de sinalização: Chapa ou lâmina de material resistente que contém uma informação.
Fonte: Manual DNIT – Glossário termos técnicos
Povos e Comunidades Tradicionais: Grupos culturalmente diferenciados e que se reconhecem como tais, que possuem formas próprias de organização social, que ocupam e usam territórios e recursos naturais como condição para sua reprodução cultural, social, religiosa, ancestral e econômica, utilizando conhecimentos, inovações e práticas gerados e transmitidos pela tradição.
Fonte: Decreto nº 6.040, de 7 de fevereiro de 2007
Praia ou duna: Como áreas de preservação permanente, as áreas de praia ou duna devem ser mantidas sem presença de edificações. (lei nº 12.561, código florestal).
Fonte: Manual LIT
Quadra: Quadra é, geralmente, um trecho retangular bem definido de uma área urbana ou aglomerado rural com quarteirões fechados ou abertos, limitado por ruas e/ou estradas. Contudo, pode ter forma irregular e ser limitado por elementos como estradas de ferro, cursos d’água ou encostas. Em alguns locais a quadra é chamada de quarteirão.
Fonte: IBGE
Rampa: Inclinação da superfície de piso, longitudinal ao sentido de caminhamento, com declividade igual ou superior a 5%.
Fonte: NBR 9050
Revestimento: Camada, tanto quanto possível impermeável, que recebe diretamente a ação do trânsito de veículos e pessoas e destinada a melhorar as condições quanto ao conforto e segurança e a resistir aos esforços horizontais que nela atuam, tornando mais durável a superfície.
Fonte: Manual DNIT – Glossário termos técnicos
Setor Censitário: O setor censitário é a unidade territorial estabelecida para fins de controle cadastral, formado por área contínua, situada em um único quadro urbano ou rural, com dimensão e número de domicílios que permitam o levantamento por um recenseador. Assim sendo, cada recenseador procederá à coleta de informações tendo como meta a cobertura do setor censitário que lhe é designado.
Fonte: IBGE
Setores urbanos regulares: São os setores tipo 0 (zero), categoria não especial. Classificar os setores censitários por tipos é categorizar o território segundo características que interferem na operacionalização de campo das pesquisas estatísticas. Essas classificações indicam procedimentos específicos de abordagem e de percurso dos setores censitários de acordo com o tipo identificado. Envolvem diferentes naturezas de domicílios coletivos, aglomerados subnormais, populações tradicionais e projetos de assentamento.
Fonte: Manual da Base Territorial Contínua
Sítio urbano: Localidade que se desenvolveu com as construções erguidas e ruas abertas com pavimentação.
Fonte: Michaelis
Reconhecimento do perímetro do setor: Compreende a verificação dos Logradouros, Localidades e CEPs existentes no setor. Esta confirmação é realizada através dos procedimentos de confirmação ou, eventualmente, inclusão de faces no setor. Neste momento, pode ser necessário, também, realizar ou corrigir a associação das faces exibidas na lista do DMC às suas representações em linhas no mapa ou, ainda, realizar trackings, que servem como representação gráfica das faces no mapa criadas em campo pelo Supervisor.
Fonte: Manual ACM/ACS
Via: Faixa de terreno, convenientemente preparada para o trânsito de qualquer natureza, podendo incluir pedestres, veículos e animais, compreendendo pistas, acostamentos, ilhas e canteiros, normalmente incluindo a área da sua faixa de domínio.
Fonte: DNIT – Travessias urbanas

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