IBGE encerra coleta do Censo 2022 na Terra Indígena Wajãpi no Amapá

Editoria: Censo 2022 | Da Redação

02/05/2023 17h39 | Atualizado em 02/05/2023 17h55

Ação contou com apoio da Força Aérea Brasileira e visitou 16 aldeias nos municípios de Laranjal do Jari e Pedra Branca do Amapari.

O IBGE encerrou na quinta-feira (30/03) a última etapa de coleta do Censo 2022 na Terra Indígena (TI) Wajãpi no Amapá. O trabalho contou com apoio da Força Aérea Brasileira (FAB), que ajudou no acesso via helicóptero em 16 aldeias nos municípios de Laranjal do Jari e Pedra Branca do Amapari.

A ação iniciou no dia 21 de março e teve o objetivo de recensear indígenas que ainda não haviam sido entrevistados pelo IBGE. Durante os 10 dias de coleta, o IBGE conseguiu recensear 100 indígenas que ficariam fora do Censo 2022.

O trabalho foi feito por duas equipes compostas por recenseador, guia-intérprete do Conselho das Aldeias Wajãpi (Apina) e guia institucional da Fundação Nacional do Índio (Funai) ou Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai).

A ação também contou com o apoio do gerente de planejamento e gestão administrativa da Superintendência Estadual do IBGE no Amapá (SES/AP), Francisco Tomé Menezes, que ajudou indicando as coordenadas para a equipe da FAB chegar às aldeias.

“Fiz o cálculo de algumas coordenadas que nós nem tínhamos como extrair, mas pela experiência que tenho peguei os mapas e extraí as coordenadas para repassar para o pessoal da FAB para eles chegarem até o local e encontrarem a aldeia que foi programada”, disse.


Crédito: IBGE

O encerramento da coleta do Censo na TI Wajãpi foi marcado por uma reunião entre a equipe do IBGE e lideranças indígenas da comunidade para apresentação de um balanço do que foi a ação, como detalhou a coordenadora nacional do Censo em áreas indígenas e quilombolas, Marta Antunes.

“A equipe do IBGE encerrou este trabalho com uma reunião de fechamento para então podermos prosseguir e encerrar a coleta na TI Waiãpi com a ciência e anuência das lideranças indígenas de que todas as aldeias foram visitadas, cumprindo assim com nosso compromisso de não deixar nenhuma pessoa que resida no Brasil fora desse retrato que é o Censo Demográfico”, explicou.


Crédito: IBGE

Na reunião também esteve presente o superintendente do IBGE no Amapá, Haroldo Ferreira, que tirou dúvidas sobre o Censo e informou aos indígenas quais são as próximas etapas da pesquisa demográfica.

“Nós passamos para as lideranças indígenas as informações sobre a execução do Censo, o que esperamos para o próximo Censo, questão de planejamento, recursos e colocamos o IBGE à disposição deles caso precisem de dados oficiais da população indígena com detalhes, quantos homens, quantas mulheres, faixa etária, línguas faladas e todos dados referentes à população indígena que serão divulgados”, disse o superintendente.

A coordenadora também falou sobre a importância da FAB para realização desta última etapa da coleta na TI Wajãpi, pois o acesso nessas 16 aldeias só é possível por meio de helicóptero do 1º Esquadrão do 8º Grupo de Aviação, sediado na Base Aérea de Natal-RN.

“O trabalho foi iniciado em setembro e fomos fazendo tudo que era possível fazer de acesso fluvial e terrestre. Estava faltando o apoio de helicóptero para chegarmos nas aldeias mais distantes. Por isso essa ajuda da FAB foi importantíssima para que o IBGE pudesse finalizar com sucesso o recenseamento na TI Wajãpi”, destacou a coordenadora.

Além da FAB, o IBGE contou com a participação do Conselho das Aldeias Wajãpi (Apina), Coordenação Regional do Amapá e Norte do Pará da Funai, Instituto de Pesquisa e Formação Indígena (Iepé) e do Distrito Especial de Saúde Indígena do Alto Amapá e Norte do Pará nas etapas de planejamento e execução do Censo nas TIs amapaenses.

 

 

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