Recenseadores do ES contam segredo da alta produtividade

Editoria: Censo 2022 | Da Redação

03/11/2022 11h22 | Atualizado em 03/11/2022 11h22

Persistência, organização, empatia, educação, resiliência, disponibilidade e facilidade de lidar com o público são algumas das características dos recenseadores que se destacam no quesito produtividade no Censo 2022. Eles não desistem facilmente e são focados no objetivo de encontrar os moradores em casa e finalizar setores.

Entre os destaques dos recenseadores que mais produziram no Estado, estão Alexandro Galeno, 27 anos, que está na coleta do sétimo setor e Michele Bragança, 47, no sexto setor. Ambos cobrem o município da Serra, mas as coincidências não param por aí.

Eles têm em comum um planejamento estratégico para cumprir as metas que programaram ao longo do dia. Michele e Alexandro fazem o percurso de seus setores ora a pé ora de bicicleta e têm como meta fazerem 20 questionários no mínimo por dia. Os recenseadores já chegaram a fazer 34 questionários em um dia nos momentos mais favoráveis.

“Trabalho de segunda a sexta-feira, das 9 às 17 horas, e nos sábados, eu visito os domicílios nos quais não tive retorno. É no sábado que encontramos as pessoas que trabalham durante a semana”, afirma Michele.

Alexandro também estabeleceu um horário de trabalho para fazer as entrevistas. “Trabalho de segunda a sexta-feira, das 9 às 18 horas e, nos fins de semana, retorno as casas em que não encontrei moradores durante a semana”, explica.

Motivação. Se a motivação inicial dos dois para trabalhar no Censo foi o aporte financeiro, ao longo do Censo, foram acumulando não só dinheiro, mas também histórias e vivências diferentes. “Sou formado em jornalismo e gosto de conversar com as pessoas. Gosto de ouvir histórias e de conhecer diferentes realidades. No loteamento Parque Residencial Nova Almeida, por exemplo, que é um lugar afastado no município da Serra, me deparei com os moradores felizes por saber que o Censo chegou naquela região, o que me deixou emocionado. São sítios em que a água ainda é de poço e o lixo é despejado, pois não passa coleta. São realidades distintas para conhecermos e para o Censo mostrar”, acredita Alexandro.

Para Michele, que é gestora de Recursos Humanos, lidar com pessoas foi a parte fácil do trabalho. “Sempre foi da minha área ter contato com pessoas e o Censo nos mostra realidades diferentes das nossas que precisamos retratar”, diz.

Com relação ao pagamento, segundo Alexandro, é possível ganhar mais de mil reais por semana, mas é necessário ter comprometimento com a rotina de trabalho. “Quem se esforça consegue fechar o setor em uma média de 15 dias”, acrescenta Michele.

Os recenseadores dão ainda dicas para quem está começando o trabalho na profissão. “Não vá apenas quatro vezes ao domicílio, como é o previsto em caso de domicílios sem ninguém. Vá mais, persista. Dias ruins, de recusas ou de portas fechadas, não podem lhe desanimar”, aconselha Alexandro.

Já Michele toca em um assunto de extrema importância para o Censo. “Sejam éticos. Colham os dados das casas visitadas corretamente pois são eles que vão retratar o Brasil em que vivemos”, finaliza.

Cordialidade é uma das estratégias dos campeões do Censo

Outro campeão de produtividade, agora no município de Vila Velha, é o recenseador Philipe Assis, 27 anos, que está na coleta do Censo desde agosto. Ele já contabiliza sete setores finalizados, com 3.638 pessoas recenseadas e uma média de 21 questionários preenchidos por dia. Na bagagem, leva educação, cordialidade e atenção para abordar os moradores. “Desde quando comecei a trabalhar no Censo, não tive problema com moradores e sempre fui muito bem recebido. Também não tive problema com pagamento, sempre caiu certinho na minha conta”, destaca.

A bonificação que o IBGE instituiu no mês de outubro para o trabalhador que alcançar uma determinada média de questionários preenchidos tornou a produção ainda mais positiva. “Com o estímulo da bonificação, comecei a superar mais metas”, garante Philipe.

Philipe trabalha das 9 às 11h30 e das 13 às 18 horas durante a semana e, nos fins de semana, trabalha aos sábados pela manhã e aos domingos faz as entrevistas agendadas. “Eu trabalhei como vendedor no meu último emprego e essa experiência me trouxe a vivência para chegar nas casas da pessoa com cordialidade. Sempre falo da importância do Censo e tenho uma boa receptividade dos moradores”, diz.

E, para quem pensa, que o trabalho é cansativo, a recenseadora de Colatina, Irene Caciano da Silva, 52, “tira de letra”. Ela consegue se organizar para ter os sábados de folga. Em compensação, atua nos domingos e feriados quando tem mais possibilidades de encontrar moradores em casa. “Não tem segredo para a alta produtividade, aliás, o segredo é simples. É ter boa vontade e sair para trabalhar”, enfatiza. Com essa dedicação, já recenseou 1.951 domicílios e 3.980 pessoas em 18 setores finalizados, com uma média de 29 questionários preenchidos por dia.

Ela, que já trabalhou com atendimento ao público, utiliza da simpatia e da cordialidade para abordas os moradores de Fioravante Marino, bairro de Colatina. “O local é bastante tranquilo e os moradores são gentis. Não tenho problema nem dificuldades de fechar setores aqui”, diz.

Irene ressalta que o treinamento do IBGE foi de fundamental importância para capacitação dela enquanto recenseadora. “Utilizo as ferramentas do IBGE para agilizar meu trabalho. Quando não encontro os moradores, deixo uma folha de recado e eles retornam o contato. Eu amo trabalhar com gente, amo tudo isso e me sinto bem com meu trabalho”, frisa.

Assim, todos os recenseadores têm em comum a facilidade de lidar com o público, o gosto por conhecer novas realidades e a vontade de trabalhar sendo pontos que garantem uma produtividade alta e uma rentabilidade satisfatória.

Dentre os recenseadores mais produtivos do Estado, nos dois primeiros meses de coleta, alguns já receberam 12 mil reais, outros 10 mil reais. Com o aumento das bonificações em outubro, somente até o dia 20, alguns já faturaram quase cinco mil reais.

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