O que eu mais gosto é conhecer lugares e pessoas

Editoria: Censo 2022 | Da Redação

25/10/2022 09h33 | Atualizado em 03/11/2022 22h09

O estudante MATEUS QUEIROZ, de 21 anos de idade, já conseguiu destaque no primeiro emprego formal: ele é o recenseador com maior número de questionários aplicados do Piauí. Já foram 2.089 formulários preenchidos desde o início da coleta do Censo Demográfico 2022, em 1º de agosto, quando ele entrou em atividade.

Cursando o segundo período do bacharelado em Administração, Mateus atua como recenseador no município de Floriano (PI). Ele já finalizou a coleta em 12 setores censitários e, atualmente, realiza as entrevistas do 13º.

Em média, o trabalhador preenche 24,5 questionários diariamente, em uma jornada de aproximadamente 9 horas diárias. “Quando é final de semana e feriado eu já vou focado no pessoal que não encontrei durante a semana”, relata o recenseador.

Segundo ele, o segredo para conseguir o resultado é ter paciência e persistência. “A estratégia é ir devargazinho e não desanimar. É um serviço que você vai cansar, porque o sol é quente, tem muita gente que não nos recebe bem ainda hoje, mas vamos tentando com educação e uma hora a pessoa cede e acaba respondendo”, pontua.

Mateus diz estar gostando da experiência como recenseador. “O que eu mais gosto é que a gente conhece lugares e pessoas novas. Já ouvi muitas histórias de vida de muitas pessoas e é interessante”, salienta.

Dedicado, mesmo morando longe

ALEXANDRE SILVA DE LIMA, de 31 anos, contabiliza entrevistas em 1.432 domicílios, num total de 9 setores censitários, em Teresina (PI). Ele tem experiência no IBGE, já trabalhou como APM, o que vem facilitando seu trabalho, permitindo a ele driblar as dificuldades que a coleta apresenta e contribuindo para o aumento da sua produtividade em campo. Moradores que ele tem entrevistado, o conhecendo melhor, tem ajudado a convencer outros moradores a responder ao Censo. Dedicado, mesmo morando longe de muitos dos setores onde trabalha, Alexandre se esforça ao máximo para realizar suas atividades de forma eficiente, muitas vezes em jornada extensa nos turnos da manhã, tarde e noite.

De ônibus ou de bicicleta, das 8h às 18h

O recenseador LUCAS ALVES ANDRADE, de 20 anos, é lotado na cidade de Teresina/PI, e já coletou 1.334 questionários em 6 setores censitários. Nos primeiros setores ele se deslocava de ônibus em razão da distância da sua residência e agora apenas de bicicleta em razão da proximidade. Lucas enfatiza que a razão de seu sucesso na coleta advém do trabalho diário, onde estabelecia como meta coletar os domicílios de uma quadra inteira pela manhã e os de outra quadra pela tarde, no período de 08h da manhã até as 18h. Procurava convencer os moradores mais resistentes a responder ao questionário do Censo sempre enfatizando as políticas públicas que resultariam desse trabalho. Nos casos dos moradores que não encontravam-se no domicílio durante a semana, reservava o fim de semana para visitá-los novamente e assim concluir seus setores censitários.

De manhã e de tarde, incluindo sábados e domingos

O recenseador ELDERSON PEREIRA DA SILVA, de 26 anos, lotado no município de Teresina/PI, já coletou 1.430 questionários do Censo, em 6 setores censitários desde o dia 01 de agosto. Ele nos informa que sua produtividade está ligada diretamente à quantidade de horas trabalhadas em campo, pois tem ido nos turnos da manhã e da tarde, todos os dias. O primeiro setor em que trabalhou durou cerca de duas semanas para coletar, e os demais seguintes praticamente em uma semana cada um, segundo uma estratégia de trabalho que adotou para melhorar a eficiência de seu trabalho. Ainda segundo Elderson, nessa estratégia de trabalho, de segunda a sexta-feira ele conseguia coletar em campo os questionários dos moradores que encontravam-se no domicílio e os sábados e domingos eram reservados exclusivamente para o retorno aos domicílios em que os moradores estavam ausentes durante a semana.

JACKSON RAMOS DIAS – LUZILÂNDIA (PI)

JACKSON RAMOS teve a primeira experiência no IBGE aos 18 anos de idade. Hoje, aos 34, acumula participações em quatro censos, entre demográficos e agropecuários: 2007, 2010, 2017 e 2022. A experiência o impulsionou a ser um dos recenseadores mais produtivos do Censo Demográfico 2022 no Piauí, já tendo preenchido 1.700 questionários.

Com tantas passagens pelo IBGE, Jackson já se sente “quase um funcionário efetivo”, brinca. Ele atua no município de Luzilândia (PI), onde também reside. Alguns moradores do município, inclusive, o apelidaram de “Jackson do IBGE”.

Desde o início do Censo Demográfico 2022, ele já concluiu sete setores e está realizando a coleta de dados no oitavo. “Minha estratégia para já ter feito tantos questionários foi explicar para as pessoas o que significa o Censo”, conta. A rotina de trabalho dele é de aproximadamente 10 horas diárias, incluindo idas a campo em finais de semana e feriados.

AYRTON DE OLIVEIRA MEDEIROS – PIRIPIRI (PI)

Na opinião do recenseador AYRTON MEDEIROS, não há mistério para conquistar bons resultados na coleta de dados. “Acho que não tem estratégia, nem segredo. O resultado veio com muito trabalho, esforço e dedicação”, salienta. Ele atua em Piripiri (PI) e é um dos recenseadores mais produtivos do estado, já tendo aplicado 1.683 questionários.

Ayrton já concluiu a coleta em nove setores e, atualmente, está no décimo. Ele já teve experiências na zona urbana e, agora, encara os desafios da zona rural. “Quando estava trabalhando na cidade não tive muita dificuldade, mas, no setor rural, tenho dificuldade em encontrar algumas regiões”, explica.

É o primeiro trabalho formal do recenseador, de 28 anos. Segundo ele, a remuneração é o principal atrativo para manter o entusiasmo. “Além da remuneração, conhecer lugares que eu nunca tinha conhecido antes, caso do setor rural. Conhecer outras realidades, histórias, furar um pouco a bolha”, relata sobre o que mais gosta na rotina.

ISAEL DOS SANTOS SILVA – TERESINA (PI)

Aos 57 anos de idade, o recenseador ISAEL SILVA é um dos mais produtivos do Piauí. “Desde o dia 1º de agosto, tenho a grata satisfação de realizar a coleta de dados dos setores da zona norte de Teresina”, ressalta. Já foram pelo menos 1.500 questionários aplicados no período, em seis setores concluídos e em um que está em andamento.

São cerca de seis horas trabalhadas diariamente, incluindo finais de semana e feriados. “Geralmente, percorro o setor censitário conferindo os endereços da lista prévia e já avisando aos moradores que passarei novamente para fazer as entrevistas”, conta. “Procuro fazer as entrevistas de modo tranquilo, respeitando os moradores, sendo gentil, educado e compreensivo”, acrescenta.

“O que me motiva é a oportunidade de ajudar o país a conhecer a população”, salienta. Mesmo quando se depara com recusas, ele não desanima na primeira tentativa. “Há inúmeras razões que levam o morador a recusar no primeiro contato”, comenta. Para contornar as dificuldades, ele fala sobre as possibilidades de responder por telefone ou pela internet. “Mas, geralmente, acrescento que seria uma honra para mim realizar a entrevista. Isso, às vezes, move a consciência das pessoas”, relata.

CASSIANO MACHADO GOMES – TERESINA (PI)

“Minha motivação é a quantidade de questionários que faço em um dia, pois sempre tenho vontade de fazer mais no dia seguinte”, comenta o recenseador CASSIANO MACHADO. Com esse entusiasmo, ele é um dos recenseadores mais produtivos do Piauí. Já foram 1.266 formulários respondidos desde o início do Censo Demográfico 2022, em quatro setores do município de Teresina (PI).

Aos 40 anos de idade, é a primeira vez que ele atua como recenseador. “O contato com pessoas, fazendo entrevistas, é algo novo pra mim. Tenho outras experiências, mas não com esse tipo de trabalho”, destaca. Na função, ele tem trabalhado de segunda à sábado, inclusive aos feriados, por aproximadamente 8 a 9 horas diárias.

“Uma das coisas que mais gosto é a recepção das pessoas que sabem a importância do Censo, é bem gratificante”, ressalta. No entanto, também há moradores que não colaboram logo no primeiro contato. “Tenho encontrado várias recusas, mas não desisto fácil, então volto quantas vezes for preciso pra converter em entrevista”, afirma.

ANGELINA GESSYCA DE SOUSA FREIRE – TERESINA (PI)

Professora de Educação Física, ANGELINA FREIRE usa a disposição para exercícios como uma das estratégias de coleta. “Caminho a pé pelo setor para ser vista e gerar curiosidade, pois logo os moradores se comunicam entre si sobre minha presença. Assim, são maiores as chances de ter uma boa receptividade”, conta. Com essa e outras táticas, ela é uma das recenseadoras mais produtivas do Piauí, já tendo aplicado cerca de 1.400 questionários desde o dia 1º de agosto.

Angelina atua na zona sul da capital piauiense, Teresina, e já finalizou sete setores. Ela também usa a “positividade, a persistência e a resiliência” como aliadas no trabalho censitário. “Evito conflito, sou clara e transparente quanto ao objetivo, forneço em mãos meu crachá e identidade. Procuro compreender o que há por trás das recusas e trabalhar nessa motivação. Uso a comunicação empática, linguagem corporal e oral transparente”, relata. Todos os métodos aplicados contam ainda com impulso da experiência de já ter atuado na função em 2010.

Aos 31 anos de idade, casada e com um filho, a flexibilidade que o trabalho de recenseadora proporciona é um ponto positivo importante para ela. “Gosto do contato com o público, do desafio de fazer parte do processo e conseguir colaborar com o objetivo do Censo 2022 e também por ser um trabalho por produção, com horário ajustável dentro da minha rotina”, pontua.

MAURÍCIO LIMA PEREIRA – TERESINA (PI)

Já são 1.243 questionários aplicados por MAURÍCIO LIMA desde o início do Censo Demográfico 2022. Ele, que trabalha na zona norte de Teresina (PI), é um dos recenseadores mais produtivos do Piauí. “Minha estratégia, no início, era ir todos os dias e evitar conversas paralelas com os moradores”, comenta.

Maurício já concluiu três setores e está fazendo entrevistas no quarto. “O que mais gosto no trabalho são as famílias super receptivas que convidam para entrar, além de se admirarem com o trabalho – por ser um trabalho cansativo, debaixo de sol quente – e ainda oferecem lanches”, aponta.

Com 21 anos de idade, Maurício está no primeiro emprego formal. Ele costuma fazer uma jornada de até 8 horas diárias em visita aos domicílios. “Vai ser muito importante para agregar no meu currículo como um servidor temporário federal”, destaca.

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