Conheça alguns campeões de coleta do Censo 2022

Editoria: Censo 2022 | Da Redação

14/09/2022 15h17 | Atualizado em 03/11/2022 22h03

O ligeirinho das Alagoas

O campeão da coleta do Censo em Alagoas é o jovem JOÃO LUCAS, que em dois meses preencheu 2.476 questionários - cerca de mil deles apurados em um presídio em Maceió.

Gentileza gera gentileza, presente e... periquito

A recenseadora ÉRICA FRANÇA, 33 anos, da súbarea Manaus 8 (AM), acredita que um sorriso é capaz de mudar o mundo. Ela diz que a alegria e a gentileza são suas principais estratégias para conseguir a participação dos moradores no Censo 2022. Com 1.658 questionários aplicados (média de 22,4 por dia), em sete setores concluídos em dois meses e meio de Censo, Érica destaca que chegar sorrindo é muito importante.

“Eu chego com um sorriso no rosto porque ninguém quer receber uma pessoa de mau-humor na sua casa. Além disso, adoro conhecer pessoas, então, quando eu vi como era o trabalho, indo de casa em casa, gostei muito. Também dou muita atenção às pessoas, ouço o que elas têm a me dizer, e a maioria é bem receptiva, muito bacana. É preciso ser educado e paciente”, disse.

Devido à sua simpatia, Érica geralmente é convidada a entrar, tomar água, café, bolo, e já recebeu até presentes dos moradores. O mais inusitado foi um periquito australiano, que ela aceitou com muito amor: “Aceitei ficar com ele, e ele vive feliz, livre. Se, quando ele estiver adulto, quiser ir embora, poderá ir”. Érica disse que tem um gato em casa também, mas que os dois bichinhos gostam um do outro: “O meu gato se dá muito bem com ele, inclusive”.

Mas é claro que, além da simpatia, Érica também trabalha bastante para conseguir realizar tantos questionários. Por dia, são de 10 a 12 horas de atuação, e ela conta que já houve várias vezes que ultrapassou 50 questionários num dia. “Já aconteceu de eu ficar uma semana doente e não ir trabalhar, mas é que quando eu vou, eu me dedico de verdade”, destaca.

Mãe e filha trabalham juntas como recenseadoras

Também na Amazonas, GEOVANA MENDONÇA, 19 anos, trabalha com a mãe, GEOCONDA MENDONÇA, 45, e, assim, uma colabora com a outra. Ambas se destacam na coleta do Censo. Geovana disse que a principal estratégia é visitar primeiro os domicílios onde os moradores são logo encontrados e respondem, e deixar as ausências e recusas para reverter depois.

“Uma das nossas estratégias para terminar o setor rápido e não deixar ausências é não perder tempo justamente com as ausências. Se as pessoas não estão em casa, a gente registra como ausência e segue para a próxima casa, sem perder tempo. Daí, quando chega no final, que a gente já conseguiu todos os que estavam em casa, a gente foca só nas ausências; a gente vem final de semana; vem de manhã cedo; fica até a noite, tudo para concluir o setor o mais rápido possível”, relata Geovana.

Geoconda, com 1.513 questionários aplicados até o momento (média de 20,7 questionários por dia), disse que tenta esclarecer dúvidas e informar os moradores, para que aqueles que recusam, mudem de ideia e respondam. “A gente tenta ao máximo convencer o morador, explicando para ele o que é o IBGE, o Censo, e para que serve a pesquisa”, disse.

Ainda sobre as recusas, Geovana relata que o melhor caminho é mesmo o de esclarecer dúvidas e informações equivocadas sobre o Censo: “Muitos moradores pensam que vão pagar mais impostos ou perder algum benefício do governo, então a gente explica para eles que não tem nada a ver, que é apenas para divulgação de dados estatísticos, e a gente explica também a importância do Censo e da participação do morador”, disse.

Mais de 2 mil questionários... 11 setores

O recenseador FRANCISCO DAS CHAGAS MARTINS, 42 anos, já passa dos 2 mil questionários realizados. Ele está trabalhando no seu 11º setor censitário, em Fortaleza (CE). Francisco já concluiu 10 setores dos quais 8 já foram pagos. Três fatores explicam o bom desempenho de Chagas: já tinha conhecimento prévio do bairro Parque Santa Rosa, onde está fazendo a coleta; também já teve experiências anteriores com pesquisas domiciliares; e, principalmente, trabalha por mais de 10 horas por dia, inclusive nos finais de semana.

Produtividade excepcional... plano pessoal

SABRINA SANTANA está finalizando seu sexto setor censitário, com dois meses de coleta, em Juazeiro do Norte, na Região Metropolitana do Cariri (CE). Acumulando mais de 1.500 questionários realizados, ela atribui sua produtividade excepcional à experiência adquirida durante os três anos em que trabalhou como Agente de Pesquisa e Mapeamento (APM), na Agência do IBGE, na cidade vizinha, Crato. Sabrina diz que também se sente motivada pelo plano que traçou para o dinheiro que está conseguindo obter com o Censo: comprar uma motocicleta para que possa se locomover, a serviço ou a passeio, com maior facilidade.

Um aprendizado de empatia

A pedagoga LAURIANE DE SÁ PEREIRA, 31 anos, já está com quase 700 questionários concluídos em cinco setores da zona urbana de Eldorado dos Carajás (PA) e já se prepara para pegar seu primeiro setor na zona rural. Lauriane diz nunca ter entrado em contato com tantas pessoas em tão pouco tempo. Acha interessante se deparar com os mais diversos tipos de realidades sócio-econômicas o que, segundo ela, tem ensinado a ter empatia por todas as pessoas que tem tido oportunidade de entrevistar.

A ex-caixa que conhece muita gente

MARIA DE FATIMA ALVES DE ALBUQUERQUE, de 44 anos, já concluiu quase 600 questionários em dois setores do município de Xinguara (PA), contando com o lema “Gentileza Gera Gentileza”. Segundo ela, é o que têm garantido o êxito de seu trabalho como recenseadora. No último emprego, na função de operadora de caixa de um grande supermercado, Fátima conheceu muita gente e, graças a seu bom atendimento, vem sendo reconhecida e bem recebida quando chega à casa dos moradores, o que têm facilitado para ela a abertura de portas durante a coleta.

Primeiro emprego com grandes resultados

O estudante de Geografia FRANCISCO DAVI PEREIRA DE ABREU, de 22 anos, já está na metade de seu quarto setor concluído, perto dos 600 questionários preenchidos, também no município de Xinguara (PA). O trabalho como recenseador é seu primeiro emprego. Apesar de todas as dificuldades e até de agressões verbais já sofridas em campo, Davi se diz orgulhoso em fazer parte deste Censo por saber que, futuramente, quando for geógrafo, certamente fará uso dos dados do IBGE em seu trabalho e em suas pesquisas acadêmicas.

Empenho, disposição e um sorriso no rosto

ELMA SANTANA LEAL, de 55 anos, tem sido o maior destaque do município de Campina Grande (PB) durante a coleta do Censo no estado. Com mais de 1.400 questionários aplicados, a recenseadora trabalha de domingo a domingo, mais de 8 horas diárias, sempre com disposição, dedicação e um sorriso no rosto. Realmente decidiu vestir a camisa do Censo, e os resultados comprovam isso. Ela ganhou a admiração dos colegas pelo jeito e rapidez com que termina os setores. Mas qual o segredo? Elma é a simpatia em pessoa e dificilmente alguém consegue dizer "não" a ela. Assim, a recenseadora segue cobrindo setores e contribuindo para a realização do Censo na Paraíba.

Não tem trabalho bem feito se não for em conjunto

A recenseadora MARIA DEUZIMAR GONÇALO, 32 anos, de Petrolina (PE), completou quase 1.700 questionários desde o 1º de agosto, sendo a mais produtiva em Pernambuco até o momento. A servidora se destaca na coleta mesmo ao dividir seu tempo com seu outro emprego, como professora de reforço escolar. Ela está iniciando o nono setor censitário e teve apenas uma recusa desde que começou seu trabalho. Deuzimar mora na zona rural e já foi recenseadora do Censo Agro, em 2017. Atribui o sucesso na coleta à dedicação e à observação dos hábitos dos moradores. "Já encontrei informantes antes mesmo das 6h da manhã, pois era a única hora disponível que tinham. Fui bem recebida em quase todos os domicílios que visitei. Temos contato direto com a realidade brasileira e conhecemos muitas histórias", ela conta. "Também queria dizer que esse destaque devo também a meu supervisor que estava ali sempre que eu precisava, porque não tem trabalho bem feito se não for em conjunto".

JACKSON RAMOS DIAS – LUZILÂNDIA (PI)

JACKSON RAMOS teve a primeira experiência no IBGE aos 18 anos de idade. Hoje, aos 34, acumula participações em quatro censos, entre demográficos e agropecuários: 2007, 2010, 2017 e 2022. A experiência o impulsionou a ser um dos recenseadores mais produtivos do Censo Demográfico 2022 no Piauí, já tendo preenchido 1.700 questionários.

Com tantas passagens pelo IBGE, Jackson já se sente “quase um funcionário efetivo”, brinca. Ele atua no município de Luzilândia (PI), onde também reside. Alguns moradores do município, inclusive, o apelidaram de “Jackson do IBGE”.

Desde o início do Censo Demográfico 2022, ele já concluiu sete setores e está realizando a coleta de dados no oitavo. “Minha estratégia para já ter feito tantos questionários foi explicar para as pessoas o que significa o Censo”, conta. A rotina de trabalho dele é de aproximadamente 10 horas diárias, incluindo idas a campo em finais de semana e feriados.

AYRTON DE OLIVEIRA MEDEIROS – PIRIPIRI (PI)

Na opinião do recenseador AYRTON MEDEIROS, não há mistério para conquistar bons resultados na coleta de dados. “Acho que não tem estratégia, nem segredo. O resultado veio com muito trabalho, esforço e dedicação”, salienta. Ele atua em Piripiri (PI) e é um dos recenseadores mais produtivos do estado, já tendo aplicado 1.683 questionários.

Ayrton já concluiu a coleta em nove setores e, atualmente, está no décimo. Ele já teve experiências na zona urbana e, agora, encara os desafios da zona rural. “Quando estava trabalhando na cidade não tive muita dificuldade, mas, no setor rural, tenho dificuldade em encontrar algumas regiões”, explica.

É o primeiro trabalho formal do recenseador, de 28 anos. Segundo ele, a remuneração é o principal atrativo para manter o entusiasmo. “Além da remuneração, conhecer lugares que eu nunca tinha conhecido antes, caso do setor rural. Conhecer outras realidades, histórias, furar um pouco a bolha”, relata sobre o que mais gosta na rotina.

ISAEL DOS SANTOS SILVA – TERESINA (PI)

Aos 57 anos de idade, o recenseador ISAEL SILVA é um dos mais produtivos do Piauí. “Desde o dia 1º de agosto, tenho a grata satisfação de realizar a coleta de dados dos setores da zona norte de Teresina”, ressalta. Já foram pelo menos 1.500 questionários aplicados no período, em seis setores concluídos e em um que está em andamento.

São cerca de seis horas trabalhadas diariamente, incluindo finais de semana e feriados. “Geralmente, percorro o setor censitário conferindo os endereços da lista prévia e já avisando aos moradores que passarei novamente para fazer as entrevistas”, conta. “Procuro fazer as entrevistas de modo tranquilo, respeitando os moradores, sendo gentil, educado e compreensivo”, acrescenta.

“O que me motiva é a oportunidade de ajudar o país a conhecer a população”, salienta. Mesmo quando se depara com recusas, ele não desanima na primeira tentativa. “Há inúmeras razões que levam o morador a recusar no primeiro contato”, comenta. Para contornar as dificuldades, ele fala sobre as possibilidades de responder por telefone ou pela internet. “Mas, geralmente, acrescento que seria uma honra para mim realizar a entrevista. Isso, às vezes, move a consciência das pessoas”, relata.

CASSIANO MACHADO GOMES – TERESINA (PI)

“Minha motivação é a quantidade de questionários que faço em um dia, pois sempre tenho vontade de fazer mais no dia seguinte”, comenta o recenseador CASSIANO MACHADO. Com esse entusiasmo, ele é um dos recenseadores mais produtivos do Piauí. Já foram 1.266 formulários respondidos desde o início do Censo Demográfico 2022, em quatro setores do município de Teresina (PI).

Aos 40 anos de idade, é a primeira vez que ele atua como recenseador. “O contato com pessoas, fazendo entrevistas, é algo novo pra mim. Tenho outras experiências, mas não com esse tipo de trabalho”, destaca. Na função, ele tem trabalhado de segunda à sábado, inclusive aos feriados, por aproximadamente 8 a 9 horas diárias.

“Uma das coisas que mais gosto é a recepção das pessoas que sabem a importância do Censo, é bem gratificante”, ressalta. No entanto, também há moradores que não colaboram logo no primeiro contato. “Tenho encontrado várias recusas, mas não desisto fácil, então volto quantas vezes for preciso pra converter em entrevista”, afirma.

ANGELINA GESSYCA DE SOUSA FREIRE – TERESINA (PI)

Professora de Educação Física, ANGELINA FREIRE usa a disposição para exercícios como uma das estratégias de coleta. “Caminho a pé pelo setor para ser vista e gerar curiosidade, pois logo os moradores se comunicam entre si sobre minha presença. Assim, são maiores as chances de ter uma boa receptividade”, conta. Com essa e outras táticas, ela é uma das recenseadoras mais produtivas do Piauí, já tendo aplicado cerca de 1.400 questionários desde o dia 1º de agosto.

Angelina atua na zona sul da capital piauiense, Teresina, e já finalizou sete setores. Ela também usa a “positividade, a persistência e a resiliência” como aliadas no trabalho censitário. “Evito conflito, sou clara e transparente quanto ao objetivo, forneço em mãos meu crachá e identidade. Procuro compreender o que há por trás das recusas e trabalhar nessa motivação. Uso a comunicação empática, linguagem corporal e oral transparente”, relata. Todos os métodos aplicados contam ainda com impulso da experiência de já ter atuado na função em 2010.

Aos 31 anos de idade, casada e com um filho, a flexibilidade que o trabalho de recenseadora proporciona é um ponto positivo importante para ela. “Gosto do contato com o público, do desafio de fazer parte do processo e conseguir colaborar com o objetivo do Censo 2022 e também por ser um trabalho por produção, com horário ajustável dentro da minha rotina”, pontua.

MAURÍCIO LIMA PEREIRA – TERESINA (PI)

Já são 1.243 questionários aplicados por MAURÍCIO LIMA desde o início do Censo Demográfico 2022. Ele, que trabalha na zona norte de Teresina (PI), é um dos recenseadores mais produtivos do Piauí. “Minha estratégia, no início, era ir todos os dias e evitar conversas paralelas com os moradores”, comenta.

Maurício já concluiu três setores e está fazendo entrevistas no quarto. “O que mais gosto no trabalho são as famílias super receptivas que convidam para entrar, além de se admirarem com o trabalho – por ser um trabalho cansativo, debaixo de sol quente – e ainda oferecem lanches”, aponta.

Com 21 anos de idade, Maurício está no primeiro emprego formal. Ele costuma fazer uma jornada de até 8 horas diárias em visita aos domicílios. “Vai ser muito importante para agregar no meu currículo como um servidor temporário federal”, destaca.

O que eu mais gosto é conhecer lugares e pessoas

O estudante MATEUS QUEIROZ, de 21 anos de idade, já conseguiu destaque no primeiro emprego formal: ele é o recenseador com maior número de questionários aplicados do Piauí. Já foram 2.089 formulários preenchidos desde o início da coleta do Censo Demográfico 2022, em 1º de agosto, quando ele entrou em atividade.

Cursando o segundo período do bacharelado em Administração, Mateus atua como recenseador no município de Floriano (PI). Ele já finalizou a coleta em 12 setores censitários e, atualmente, realiza as entrevistas do 13º.

Em média, o trabalhador preenche 24,5 questionários diariamente, em uma jornada de aproximadamente 9 horas diárias. “Quando é final de semana e feriado eu já vou focado no pessoal que não encontrei durante a semana”, relata o recenseador.

Segundo ele, o segredo para conseguir o resultado é ter paciência e persistência. “A estratégia é ir devargazinho e não desanimar. É um serviço que você vai cansar, porque o sol é quente, tem muita gente que não nos recebe bem ainda hoje, mas vamos tentando com educação e uma hora a pessoa cede e acaba respondendo”, pontua.

Mateus diz estar gostando da experiência como recenseador. “O que eu mais gosto é que a gente conhece lugares e pessoas novas. Já ouvi muitas histórias de vida de muitas pessoas e é interessante”, salienta.

Dedicado, mesmo morando longe

ALEXANDRE SILVA DE LIMA, de 31 anos, contabiliza entrevistas em 1.432 domicílios, num total de 9 setores censitários, em Teresina (PI). Ele tem experiência no IBGE, já trabalhou como APM, o que vem facilitando seu trabalho, permitindo a ele driblar as dificuldades que a coleta apresenta e contribuindo para o aumento da sua produtividade em campo. Moradores que ele tem entrevistado, o conhecendo melhor, tem ajudado a convencer outros moradores a responder ao Censo. Dedicado, mesmo morando longe de muitos dos setores onde trabalha, Alexandre se esforça ao máximo para realizar suas atividades de forma eficiente, muitas vezes em jornada extensa nos turnos da manhã, tarde e noite.

De ônibus ou de bicicleta, das 8h às 18h

O recenseador LUCAS ALVES ANDRADE, de 20 anos, é lotado na cidade de Teresina/PI, e já coletou 1.334 questionários em 6 setores censitários. Nos primeiros setores ele se deslocava de ônibus em razão da distância da sua residência e agora apenas de bicicleta em razão da proximidade. Lucas enfatiza que a razão de seu sucesso na coleta advém do trabalho diário, onde estabelecia como meta coletar os domicílios de uma quadra inteira pela manhã e os de outra quadra pela tarde, no período de 08h da manhã até as 18h. Procurava convencer os moradores mais resistentes a responder ao questionário do Censo sempre enfatizando as políticas públicas que resultariam desse trabalho. Nos casos dos moradores que não encontravam-se no domicílio durante a semana, reservava o fim de semana para visitá-los novamente e assim concluir seus setores censitários.

De manhã e de tarde, incluindo sábados e domingos

O recenseador ELDERSON PEREIRA DA SILVA, de 26 anos, lotado no município de Teresina/PI, já coletou 1.430 questionários do Censo, em 6 setores censitários desde o dia 01 de agosto. Ele nos informa que sua produtividade está ligada diretamente à quantidade de horas trabalhadas em campo, pois tem ido nos turnos da manhã e da tarde, todos os dias. O primeiro setor em que trabalhou durou cerca de duas semanas para coletar, e os demais seguintes praticamente em uma semana cada um, segundo uma estratégia de trabalho que adotou para melhorar a eficiência de seu trabalho. Ainda segundo Elderson, nessa estratégia de trabalho, de segunda a sexta-feira ele conseguia coletar em campo os questionários dos moradores que encontravam-se no domicílio e os sábados e domingos eram reservados exclusivamente para o retorno aos domicílios em que os moradores estavam ausentes durante a semana.

Família homenageia recenseadora dando nome ao bebê

O Censo 2022 ficará para sempre marcado na vida da recenseadora SANDY CÁSERES BORGES, de 23 anos. E também na vida da pequena indígena Sandy, da etnia Oro Nao. Sandy, a recenseadora, estava fazendo a coleta na Comunidade Central do Rio Negro Ocaia, no município de Guajará-Mirim (RO), quando a família que estava sendo recenseada decidiu homenageá-la dando o nome à bebê que nasceu no dia 31 de julho (data de referência da coleta). “Foi a parte mais emocionante que eu vivi no Censo. Eles gostaram tanto de mim que não queriam que eu voltasse para a cidade”. Apesar das dificuldades, como difícil acesso e falta de energia e de internet, Sandy afirma que fazer o Censo está sendo uma experiência maravilhosa. “Pude conhecer de perto a realidade das comunidades, conhecer pessoas diferentes e suas histórias de vida”. Até a primeira quinzena de outubro, Sandy recenseou seis setores censitários, entre eles a Terra Indígena Rio Negro Ocaia, que tem sete comunidades diferentes. Ela visitou 1.180 unidades e preencheu 769 questionários - alcançando a média de 17,45 questionários aplicados por dia. Somente para acessar a TI Rio Negro Ocaia, foram necessárias dez horas de navegação em voadeira.

Nosso dever está sendo cumprido

O recenseador FELIPE QUINTELA é um dos destaques da coleta em Sergipe. O profissional, de 32 anos, já realizou mais de 1.800 questionários. Vinculado à capital, Aracaju, onde atua principalmente em condomínios, Felipe está no seu segundo Censo. Ele atuou em 2010 na mesma função. “Eu sempre procuro me dedicar ao máximo para atingir os objetivos e colaborar com o IBGE. Inclusive, colegas até me procuraram para buscar dicas de como melhorar o desempenho. Creio que a experiência deve ser repassada e essa ação serve como um estímulo para mostrar que o nosso dever está sendo cumprido”, afirma.

Aprendi a lidar melhor com as diversidades de públicos

A recenseadora RAYANE BARBOSA SILVA, de 24 anos, atua em Tobias Barreto, que fica a pouco mais de 130 quilômetros da capital, em Aracaju.

Até o momento, ela já realizou mais de 1.800 questionários, em um município com estimativa de pouco mais de 50 mil habitantes.

"Quando surgiu o concurso do IBGE considerei que seria uma experiência interessante e que agregaria muito no meu currículo, pois sou formada em Letras português. O trabalho em si não é difícil, o que pesa em alguns casos é a falta de receptividade e resistência de alguns moradores", explica.

Rayane ainda ressalta que "o IBGE agregou demais na minha experiência porque aprendi a lidar melhor com as diversidades de públicos".

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