O Censo está chegando mais de 900 supervisores são formados na quarta etapa de treinamentos no Ceará

Editoria: Censo 2022 | Da Redação

04/07/2022 11h11 | Atualizado em 04/07/2022 11h11

Entre os dias 6 e 15 de junho, a menos de dois meses para o início da coleta domiciliar do Censo Demográfico 2022, mais de 900 supervisores do Ceará, incluindoAgentes Censitários Municipais (ACM) eAgentes Censitários Supervisores (ACS),receberam a capacitação necessária para atuar na operação censitária. Este foi o quarto e penúltimo ciclo da cadeia de Treinamento Centralizado de Coleta e Supervisão do Censo 2022 promovidopela Unidade Estadual do IBGE no Ceará (UE/CE), que, nas três primeiras etapas, já havia treinado os Coordenadores de Área (CA), os Coordenadores de Subárea (CCS), os Analistas Censitários (AC) e os Agentes Censitários Operacionais (ACO), entre outros servidores do quadro permanente do Instituto.

Agora chegou a vez de replicar o treinamento também aos supervisores, recém-contratados para trabalhar na operação censitária. Uma vez formados, estes agentes serão responsáveis pela supervisão do serviço realizado, no caso: os ACM atuarão no gerenciamento do posto de coleta, administrando recursos materiais e humanos, e os ACS farão o acompanhamento e avaliação dos recenseadores durante a execução dos trabalhos de campo. Enquanto não inicia a coleta nos domicílios, outras atividades desenvolvidas por esses agentes são: o mapeamento da infraestrutura das vias na Pesquisa Urbanística do Entorno dos Domicílios, que já foi iniciada no último dia 20 de junho, e o repasse do Treinamento do Censo aos recenseadores, a partir do dia 18 de julho.

Um Censo que reúne dos mais experientes aos estreantes


Turmas do Treinamento do Censo 2022 em Fortaleza-CE

Só em Fortaleza foram treinados mais de 200 supervisores, entre ACM e ACS, os quais irão atuar na própria capital. Todos foram alocados nas salas cedidas pela Assembleia Legislativa do Ceará, ainda em continuidade à parceria construída com o IBGE. Para cada turma, uma dupla de instrutores, formados nas etapas anteriores dos treinamentos. Centenas de experiências, visões e conhecimentos, reunidos para realização desse trabalho grandioso: o Censo Demográfico.

Uma dessas experiências de vida é a da ACS de Fortaleza Katiana Garrido, que está trabalhando no Censo pela segunda vez. Sua primeira atuação foi há mais de duas décadas, no Censo 2000, também como supervisora da operação. “Foi um aprendizado muito grande, pois eu nunca tinha trabalhado na vida. Guardo uma boa lembrança daquele Censo”, recorda Katiana. Depois do Censo 2000, ela trabalhou, casou, teve filho, e inclusive formou-se em Geografia, área na qual estava recentemente atuando como professora substituta. Katiana afirma que a experiência que teve no IBGE a estimulou para a escolha da sua formação superior. Agora ela está retornando ao Instituto para mais uma missão. “Estou achando super legal agora, tudo informatizado, bem diferente do que era naquele tempo, que era tudo no papel. A metodologia é praticamente a mesma, mas, com a tecnologia, tudo é muito mais rápido e as informações vão ser mais precisas”, destaca Katiana.

Enquanto Katiana já atuava na supervisão do Censo no ano de 2000, a ACS de Fortaleza Thaís Cavalcante ainda estava nascendo. Ela, que hoje tem 22 anos, veio ao mundo em meados de agosto, durante a operação censitária daquele ano. Assim como foi com Katiana, hoje Thaís também vive a sua primeira experiência profissional, e logo como supervisora da maior pesquisa estatística do Brasil. “Eu sinto que eu estou fazendo parte de uma coisa muito grande, histórica. Eu sei o quanto o Censo é importante para o nosso futuro e para a formulação de políticas públicas muito melhores. Apesar de eu ser muito nova, estou sendo bem acolhida e estou dando o meu melhor. Eu considero isso como início da minha caminhada e posso futuramente dizer que, aos 22 anos, fui supervisora do Censo 2022”, afirma a jovem.

Desta vez, treinamentos realizados por todo o Ceará


Turmas do Treinamento do Censo 2022 em todo o Estado do Ceará

Na Região do Cariri, um dos pólos de treinamento foi no município de Campos Sales. Lá foi treinada a ACS Nayara Fernandes, que atuará em Assaré. Ela conta com empolgação a sensação de fazer parte do IBGE: “Pra mim está sendo maravilhoso, porque é o meu primeiro trabalho formal. E começar logo pelo Censo está sendo fantástico.” Nayara diz ter gostado bastante do treinamento recebido, e que pretende repassar aos recenseadores o acolhimento que recebeu dos seus instrutores: “O pessoal do IBGE foi muito atencioso. Os instrutores foram muito acolhedores, dispostos a nos ajudar, sempre tirando as nossas dúvidas. Eu vou adotar uma estratégia de companheirismo, de ter uma conexão com os recenseadores. Eu quero como supervisora estar sempre próxima deles.”

Alegria também é o sentimento relatado por Clarice Martins, que será ACM em Umari, e recebeu o treinamento no município de Icó, Região Centro Sul do Estado. “Tem sido uma experiência muito significativa, dada toda a importância do IBGE e do próprio Censo pra construção de dados, de indicadores que possibilitam a transformação da sociedade como um todo”, aponta a supervisora. Clarice se espelha nos seus instrutores para transmitir o curso da melhor forma possível aos seus futuros treinandos: “As pessoas que estavam ministrando dominavam muito bem os conteúdos técnicos e passavam com muita clareza. E eu tentarei fazer o mesmo no treinamento com os recenseadores, sempre me colocando numa postura não só de alguém que está ensinando, mas de alguém que também vai aprender com eles.”


Turmas do Treinamento do Censo 2022 em todo o Estado do Ceará

Em Itapajé, no Litoral Oeste do Ceará, foi treinado o ACM João Carlos de Almeida, contratado para atuar em Irauçuba. Ele, que sempre teve vontade de trabalhar, mesmo temporariamente, em um órgão como o IBGE, relata estar vivendo um misto de emoções: “A sensação de estar fazendo parte da maior pesquisa do nosso País realmente é única. Dá um certo medo, e, ao mesmo tempo, uma empolgação porque são informações que são essenciais para que a gente possa construir um futuro melhor.” O supervisor também se comprometeu a disseminar a relevância do Censo a todos ao seu redor: “Eu estou disposto a fazer o que estiver ao meu alcance para conscientizar não só os que vão trabalhar comigo, mas toda a população do meu município sobre a importância desses dados.”

Na Região do Vale do Jaguaribe, em Morada Nova, recebeu treinamento a ACS Luana Cristina da Silva, a qual irá trabalhar no próprio município. Além da satisfação, ela destaca também a grande responsabilidade que está envolvida no seu trabalho de supervisora: “Pra mim é muito gratificante fazer parte do IBGE, por ser um órgão reconhecido por todo o território nacional e que é referência em dados estatísticos no País. Mas fazer parte da pesquisa do Censo Demográfico é uma tarefa que exige muita preparação, pois o dado tem que ser o mais fiel possível para que possa ser usado futuramente.”

Foco no treinamento dos recenseadores

A cadeia de treinamentos que se iniciou ainda em fevereiro, na sede do IBGE no Rio de Janeiro, e que já teve quatro edições realizadas pela UE/CE nos meses subsequentes, tem um único propósito: formar da melhor forma possível cada recenseador. Os ACM e ACS serão, finalmente, os responsáveis por transmitir os conteúdos a estes mais de 9 mil agentes que irão atuar diretamente na aplicação de questionários nos domicílios cearenses. Para que a capacitação ocorra adequadamente, os supervisores já começaram a traçar suas estratégias, dando ênfase às habilidades e competências mais importantes para o bom desenvolvimento do trabalho.

Treinado em Maracanaú, Francisco George Gomes, ACM de Pacatuba, já tem seu plano traçado para quando tiver que repassar o treinamento: “Buscar sempre reforçar os conceitos técnicos, para que erros possam ser evitados. O domínio dos aparatos tecnológicos também é bastante importante para que a comunicação seja rápida e que eventuais problemas sejam resolvidos com celeridade.” Para além dos conhecimentos técnicos, George também destaca as habilidades de relacionamento: “É fundamental ter um bom trato com todos. É preciso ser perspicaz tanto no que se fala como na forma que se fala, para que se crie uma atmosfera amigável.”

A ACS Maria Fernanda da Silva, que treinou no município de Pacajus, onde irá trabalhar, reforçou também a importância do trabalho em equipe. “Como o território é diverso e tem muitas peculiaridades, então a gente está se reunindo em equipe e planejando a melhor abordagem para cada caso. A gente está estudando toda a logística em grupo, e não individualmente, pra que possa todo mundo contribuir.”

Já o ACS de Caucaia, Marcos Vinicius Gomes, que foi treinado no mesmo município onde irá atuar, vai adotar as mesmas estratégias que percebeu nos seus instrutores: “Estar preparado antes de se apresentar aos recenseadores, ter domínio sobre o conteúdo que vai ser ofertado no treinamento, e se esforçar o máximo possível.” Ele lembrou que os recenseadores serão os representantes do IBGE durante o Censo, e da seriedade do trabalho que estarão desenvolvendo: “É preciso passar a necessidade de ser o melhor recenseador possível, porque a gente está falando de uma instituição altamente respeitada e tradicional. A gente vai treinar aqueles que vão ser a face do IBGE, que são os recenseadores.”

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