Em 1ª visita à UE/BA, presidente do IBGE fecha parceria com prefeitura, acompanha Teste do Censo e conversa com equipes
23/11/2021 15h24 | Atualizado em 06/12/2021 17h31
Entre 17 e 18 de novembro, o presidente do IBGE, Eduardo Rios Neto, visitou pela primeira vez a Unidade Estadual da Bahia (UE/BA), para acompanhar in loco o andamento do Teste do Censo 2022 no estado.
Foram dois dias de uma agenda intensa de compromissos.
Além de conhecer a sede da UE, onde se reuniu com os gestores baianos, Rios Neto visitou Amaralina; esteve no posto de coleta do Teste do Censo no bairro; conversou com a equipe censitária de Salvador, inclusive os envolvidos diretamente no teste; teve um encontro importante com o prefeito da capital; e deu entrevistas!
Prefeitura dará acesso a cadastro do SUS para ajudar no Censo
Após chegar a Salvador no fim da manhã do dia 17, Rios Neto se encontrou, à tarde, com o prefeito da capital, Bruno Reis, no Palácio Thomé de Souza.
Foi acompanhado pelo chefe da UE/BA, Artur Ferreira Filho, pelo chefe-adjunto e gerente de Planejamento e Gestão, André Urpia, e pela coordenadora de Divulgação do Censo, Mariana Viveiros.
Ao lado do subsecretário da Casa Civil, Moysés de Oliveira Andrade Júnior, e da presidente da Fundação Mário Leal Ferreira, Tânia Scofield, Bruno Reis conheceu uma pouco mais sobre o Censo Demográfico em si e, especificamente, sobre o Teste de Amaralina. E enfatizou a importância das informações censitárias para Salvador, mostrando-se impressionado com o tamanho e a grandeza do levantamento.
“Saber quem sãos os moradores do município e, sobretudo, quais são as suas reais necessidades é essencial. Não adianta elaborar programas que não vão atender as pessoas”, disse o prefeito, reconhecendo o desafio que é conseguir entrevistar ao menos uma pessoa em todos os domicílios do país.
Para facilitar ainda mais a abertura de portas em Salvador, durante a reunião a UE/BA fechou uma parceria importante com a prefeitura, que vai garantir o acesso do IBGE a informações do cadastro do Sistema Único de Saúde (SUS) da capital.
Atualizado recentemente, por conta da bem-sucedida campanha de vacinação contra a COVID-19, o banco traz um dado precioso para o Instituto: números de telefones associados a endereços.
“A ideia é usarmos esses contatos para quebrar resistências, durante a coleta, dando também mais segurança à população para receber os recenseadores do IBGE. E a proteção dos dados está mais do que garantida pela legislação que rege o sigilo estatístico”, explicou o chefe da UE/BA, Artur Ferreira Filho.
50% baiano e 100% ibgeano
“Eu sou 50% baiano, meu pai nasceu aqui em Salvador.” Foi afirmando sua ligação com o estado que o presidente do IBGE, natural de Minas Gerais, abriu a conversa com gerentes e supervisores de todas as áreas da UE/BA, no fim da tarde do dia 17/11.
Demógrafo por formação, Rios Neto falou sobre sua trajetória profissional, de professor universitário e pesquisador a integrante da Academia Brasileira de Ciências; de diretor de Pesquisas a presidente do IBGE.
Tratou também de alguns dos desafios estruturais do Instituto, como realização de concursos e reposição de pessoal; o novo modelo de trabalho proposto pelo PGD (Programa de Gestão de Demandas); a necessidade de uma contínua atualização tecnológica; a integração entre Geociências e Estatísticas; e, claro, o Censo Demográfico.
Também fez questão de destacar que seu estilo de gestão se baseia na transparência e que estar à frente do IBGE foi a maior conquista profissional da sua carreira: “Ser presidente é poder representar o IBGE na grandeza que ele merece.”
“Modelo Nasa” para garantir melhor cobertura no Censo
No dia 18 de novembro, após participar remotamente de um evento internacional, o presidente rumou para o bairro de Amaralina, onde visitou o posto de coleta do Teste do Censo.
Lá ele atendeu a mídia local, detalhando a importância do teste e reforçando a realização do Censo, para valer, em 2022, após dois anos de adiamentos, por conta da pandemia e cortes orçamentários.
Em todas as oportunidades, Rios Neto reiterou a importância do que chamou de “modelo Nasa”, de “simular, simular e simular”, para que os problemas e dificuldades surjam e possam ser resolvidos antes de o IBGE entrar em campo. Assim, acredita, será possível garantir a melhor cobertura censitária de todos os tempos.
Num encontro de pouco mais de duas horas com as equipes censitárias de Salvador, incluindo os coordenadores temáticos da Bahia e os Coordenadores Censitários de Subárea (CCS) que estão atuando no Teste de Amaralina, Rios Neto ouviu relatos e avaliações sobre o trabalho, observações críticas, demandas e sugestões. Agradeceu os feedbacks, declarando que todas as observações serão encaminhadas à Diretoria de Pesquisas (DPE).
O presidente também destacou o esforço institucional feito para a manutenção dos CCS no IBGE, mesmo com os adiamentos do Censo, e avaliou que foi uma decisão mais que acertada. “Vocês são os CCSs mais bem treinados da história. Para mim, serão os heróis e heroínas do Censo”, disse.
Era hora de deixar Amaralina, Salvador e a Bahia. Mas os encontros nas Unidades Estaduais e agências do IBGE seguirão na próxima semana, em outros três estados do Nordeste. “Vamos ter um ano desafiador em 2022, e precisamos estar juntos. Censo é brilho nos olhos”, concluiu na despedida.