Salvador, capital da Bahia, é 1 município ou, na verdade, são 170? A pergunta, que pode parecer absurda, tem como pano de fundo as importantes desigualdades demográficas, territoriais e socioeconômicas da quarta maior cidade do país, que se refletem diretamente nos seus 170 bairros.

E para chegar aos cerca de 1 milhão de domicílios em todos eles, a confiança, o apoio e participação das comunidades locais são essenciais. Abrir e pavimentar o caminho até elas foram os objetivos da reunião realizada segunda-feira, 8/11/2021, entre representantes da equipe censitária baiana e da Federação das Associações de Bairros de Salvador (FABS).

O presidente da FABS, Kilson Santos de Melo, e a diretora de Comunicação da entidade, Aline Lima, foram recebidos no auditório da sede da Unidade Estadual do IBGE na Bahia (UE/BA) pelo coordenador técnico do Censo no estado, Pedro Biscarde, pelo coordenador das Reuniões de Planejamento de Acompanhamento do Censo (REPACs), Luís Alberto Pacheco, e pela coordenadora de Divulgação, Mariana Viveiros.

A FABS reúne cerca de 100 associações de bairros em algumas regiões densamente povoadas, distantes da área central de Salvador e com uma série de necessidades específicas, a exemplo de Cajazeiras e subúrbio ferroviário – ambas agrupando diversos bairros.

Numa conversa de cerca de uma hora, o Censo 2022, sua estrutura na Bahia e em Salvador, sua importância, novidades e desafios foram apresentados, com reforço no ineditismo de que ele será o primeiro a trazer resultados para os bairros da capital. 

“O Censo vai dar um zoom e mostrar dados essenciais para que as associações formulem demandas, desenvolvam programas e atuem no sentido de melhorar cada vez mais a vida das pessoas”, afirmou Mariana.

“Não estamos nem acreditando que finalmente teremos o Censo”, comemorou Kilson, presidente da FABS. “Queremos estar juntos ao IBGE nesse projeto, que é fundamental para todos”, disse.

Além de mobilizar as associações para que participem das REPACs locais de Salvador, a Federação se comprometeu a apoiar a divulgação dos próximos Processos Seletivos Simplificados (PSS) para trabalhar no Censo, a convidar o IBGE para falar sobre a pequisa em eventos e reuniões e a mobilizar soteropolitanas e soteropolitanos para que, a partir de 1º de junho de 2022, recebam os recenseadores e colaborem para atualizar o retrato mais detalhado do Brasil.