Técnicos do IBGE no Rio visitam Boa Vista para discutir abordagem a venezuelanos e indígenas no Censo

Editoria: Censo 2022 | Da Redação

03/03/2020 10h15 | Atualizado em 29/10/2020 21h00

Uma equipe técnica do IBGE no Rio de Janeiro chegou a Boa Vista, capital de Roraima, na última segunda-feira (2), para ajustar detalhes da abordagem aos estrangeiros e às comunidades indígenas durante o Censo Demográfico 2020. Eles também vão mapear as áreas onde serão necessários intérpretes e guias para a coleta de informações pelos recenseadores. 

Nos próximos dias, o demógrafo Tadeu Oliveira e os coordenadores de Grupo de Trabalho de Povos e Comunidades Indígenas, Marta Antunes, e de Habitação, Gustavo Junger, junto à coordenação do Censo no estado, realizarão visitas a abrigos para o acolhimento de venezuelanos, iniciativa que tem apoio do governo federal, por meio da Operação Acolhida, e da Agência da ONU para Refugiados (Acnur). 

No final do ano passado, a Unidade Estadual do instituto (UE/RR) já havia recebido a visita de Eduardo Rios Neto, da Diretoria de Pesquisas (DPE) do IBGE, que esteve em Boa Vista com sua equipe para acompanhar de perto os reflexos da imigração de venezuelanos no estado e o impacto disso no Censo.

Os técnicos também foram verificar o planejamento para o recenseamento de indígenas no estado. Com mais de 645 comunidades, distribuídas em cerca de 10 etnias, Roraima tem 10 milhões de hectares ocupados por povos indígenas – 46% das terras do estado. 

Em meados do mês passado, a UE/RR e o Serviço de Edificações e Saneamento Indígena (Sesani) do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Leste se reuniram para discutir o planejamento do Censo. O encontro, realizado na sede do IBGE, em Boa Vista, foi acompanhado pela chefe da Sesani, Synara Silva, e pelo técnico de Saneamento, Ricardo Ribeiro.

Detalhes técnicos do planejamento já haviam sido apresentados ao Conselho Distrital de Saúde Indígena (Condisi) Yanomami. O presidente do Condisi, Júnior Hekurari, colocou profissionais do conselho à disposição do IBGE, a exemplo de agentes de saúde e tradutores, que serão importantes no contato com as comunidades indígenas. Até o final deste mês de março, as discussões terão prosseguimento com os representantes da Fundação Nacional do Índio (Funai). 

Infraestrutura para o Censo

A pouco mais de 150 dias do início do Censo, a UE/RR já dispõe de todos os cinco postos informatizados que serão utilizados em Boa Vista. Desses postos, dois estão sediados na Secretaria Municipal de Tecnologia e Inclusão Digital (SMTI), no bairro de Mecejana. Os outros três estão no Terminal João Firmino Neto, no bairro de Buritis. Os postos estão equipados com mobiliário e equipamentos necessários para o trabalho dos recenseadores.

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