Novos coordenadores e agentes censitários conhecem a complexidade do trabalho em campo no Amazonas

| Da Redação

03/02/2020 09h15 | Atualizado em 03/02/2020 09h20

A Unidade Estadual do IBGE no Amazonas (UE/AM) recebeu, este mês, dez coordenadores censitários de subárea (CCS) e oito agentes censitários operacional (ACO) que vão atuar no Censo 2020. Para mostrar aos novos contratados um pouco da realidade do trabalho em campo, eles foram levados a determinadas áreas de Manaus: à zona urbana, no primeiro dia; a um bairro considerado aglomerado subnormal, no segundo dia; e por fim, visitaram a zona rural, no último dia de ambientação.

“Todos que chegam ao IBGE precisam conhecer o trabalho que o recenseador fará durante o Censo, porque ele pode passar por dificuldades na área urbana, vai enfrentar sol, chuva, entrar em lugares pouco seguros, e, na zona rural, ele vai andar muito para encontrar uma casa aqui ou lá longe. E o CCS, principalmente, precisa ter consciência disso tudo porque ele vai coordenar o trabalho dos recenseadores”, disse a agente de pesquisa e mapeamento (APM), Maria Printes.

Um dos novos CCSs, Raul Gustavo, comentou a diferença entre as áreas visitadas. Ele disse que teve contato com uma realidade que até então não imaginava que existisse. “No aglomerado subnormal, pudemos ver uma realidade bem pesada, que não é muito mostrada para a população, mas é justamente esse o trabalho do IBGE, mostrar o Brasil como ele é de fato. No setor urbano, com edifícios, pudemos ver ruas bem pavimentadas. Na zona rural, vimos a dificuldade de se chegar até cada casa”, resumiu.

Já a CCS Vanessa Kaneko frisou a diferença do trabalho no escritório e no campo. “No escritório é uma coisa, você vê ali no papel, tem uma noção olhando no mapa, mas quando a gente chega ao campo e vive na pele, vê que é muito mais complicado”. Após as experiências em campo, dela e dos colegas, Vanessa concluiu: “creio que a gente aprendeu muito, tanto para o trabalho como para a vida”.

Rafaela dos Santos é uma das ACOs que acabam de chegar ao IBGE. Ela teve a oportunidade de conhecer mais sobre as atividades da Base Territorial. Junto com APMs, ela foi até a rodovia AM-010, e conta que se impressionou ao ver como a cidade está se expandindo às margens da Reserva Florestal Adolpho Ducke, considerada o maior espaço de floresta em área urbana do mundo com, aproximadamente, 10 mil hectares do território.

Lá, ela viu complexidades com as quais os recenseadores poderão se deparar durante a coleta de dados. “A cidade está se expandindo de uma maneira que eu nunca imaginei. Dentro de um ramal tem vários ramais adjacentes, novas casas, lugares que a gente nem imagina, mas tem gente morando para lá”, ressaltou ela.

Rafaela integra a coordenação da Reunião de Planejamento e Acompanhamento do Censo (Repac) e, após uma semana conhecendo o IBGE, ela se disse estar animada com o que conheceu e com o que vem por aí. “Vou trabalhar numa área totalmente diferente da minha, mas estou bem animada para aprender novas coisas. Achei bem interessante o trabalho do IBGE. Percebi que aqui um depende do outro, e que ninguém trabalha sozinho. Fui bem acolhida e percebi que são todos como uma família”.

Cinco dias de ambientação

Além da visita a campo, durante cinco dias, os CCSs e ACOs assistiram a diversas apresentações de coordenadores do IBGE sobre o instituto, quem somos e o que fazemos, as atividades de cada coordenação (Operacional, Técnica, de Treinamento), a Reunião de Planejamento e Acompanhamento do Censo (Repac), e as coordenações de Disseminação de Informações e de Base Territorial.

Para Bruno Guedes, da coordenação administrativa do Censo 2020, “é fundamental que eles (os novos contratados) saibam como o IBGE funciona, qual é a importância e como funciona a estrutura do Censo. Eles estão entrando com antecedência e nós temos que aproveitar esse tempo para que eles adquiram o máximo de conhecimento possível sobre o setor em que vão trabalhar. Eles vão descobrir como outros cargos dependem do trabalho deles”.

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