IBGE apresenta Censo 2020 em encontro com cerca de 300 prefeituras baianas

| Da Redação

08/11/2019 17h42 | Atualizado em 08/11/2019 17h47

Participar do evento foi uma oportunidade única, festejada pela UE/BA

O Censo Demográfico 2020 conta (e muito!) para prefeitos e prefeitas de todo o país. É a única pesquisa que visita todos os domicílios, nos 5.570 municípios brasileiros, e, ao trazer com precisão o número de habitantes em cada um deles, torna-se determinante da definição de uma série de repasses financeiros cruciais para os gestores municipais. E não apenas em 2020, mas pelos próximos dez anos.

Além disso traz informações municipais únicas sobre temas como saneamento, educação, trabalho e renda, composição demográfica e entorno dos domicílios, entre tantas outras que são a base para elaborar, implantar e avaliar políticas públicas que busquem o desenvolvimento das cidades e o aumento do bem-estar e da qualidade de vida da população.

Por isso mesmo, as prefeituras devem participar ativamente da operação censitária, acompanhando e apoiando o IBGE desde a preparação até a conclusão da coleta, sobretudo por meio das Reuniões de Planejamento e Acompanhamento do Censo (REPACs) em cada município.

Esse foi o recado levado pelos representantes da Unidade Estadual do IBGE na Bahia (UE/BA) aos cerca de 1.000 representantes de pouco mais de 300 prefeituras baianas (de um total de 417 no estado) que participaram do 7º Encontro de Prefeitos da UPB (União dos Municípios da Bahia).

Realizado entre 13 e 15 de setembro, em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador, o evento abriu espaço para um posto de atendimento do IBGE e, mais importante, uma mesa de debates sobre o Censo, que reuniu cerca de 100 pessoas, no domingo (15) de manhã.

A apresentação foi realizada por Francisco Jorge Brito, coordenador Operacional do Censo na Bahia, e Mariana Viveiros, supervisora de Disseminação de Informações (SDI/BA).

Mariana Viveiros, SDI/BA, e Francisco Jorge Brito (à esq. dela), coordenador Operacional do Censo na Bahia, falam sobre a importância da pesquisa para os municípios

Além deles, a equipe de atendimento no local contou com o coordenador das REPACs no estado, Luís Alberto Pacheco, o coordenador da Base Territorial, Leonardo Afonso, o gerente de Planejamento e Gestão da UE, André Urpia, o assistente de área de Salvador, Rafael Floriano, e Gabriel Ferreira, da equipe da SDI/BA.

Oportunidade única

Na avaliação do chefe da UE/BA, Artur Ferreira Filho, que esteve presente ao evento, a participação da UE/BA no 7º Encontro de Prefeitos foi uma oportunidade única de "inocular o vírus do Censo também nos prefeitos baianos" e de favorecer o engajamento dos municípios, via REPACs.

"Os municípios estão entre os maiores interessados num Censo feito com excelência, rigor técnico e cobertura completa do território. Tenho certeza de que terão toda a disponibilidade de nos apoiar nisso", afirmou Artur.

"Quem mais conhece os municípios é o poder municipal. Além de participar, nós precisamos desse auxilio de vocês”, completou Francisco.

Presente à mesa sobre o Censo, como debatedor, o prefeito de São Félix do Coribe, Jutaí Eudes Ribeiro Ferreira, resumiu: "[O Censo] É um dos temas mais importantes que estamos debatendo aqui, porque é o tema que traz recursos para nossos municípios".

Da esq. para a dir., de cima para baixo, Luís Alberto Pacheco e Gabriel Ferreira, André Urpia e Rafael Floriano, no posto de atendimento do IBGE no 7º Encontro de Prefeitos da Bahia

Tête-à-tête

No balcão de atedimento do IBGE. montado ao lado de inúmeras outras instituições do governo estadual e federal, o assunto mais procurado pelos municípos, como já era esperado, foram as estimativas anuais de população. 

O prefeito de Maetinga, Edcarlos Lima Oliveira (PT), foi um dos atendidos. Ele não chegou muito feliz. Maetinga é o menor município da Bahia em termos de população, com apenas 3.160 habitantes, segundo a estimativa de 2019, e Edcarlos contesta o dado.

Ele contou que, além da má fama de município que "espanta as pessoas", tem perdido recursos importantes na área de saúde por conta de uma população que, na avaliação dele, vem sendo subestimada.   

Os dados de Maetinga e histórico populacional do município foram apresentados ao prefeito, bem como a metodologia das estimativas e suas limitações. Depois de meia hora de conversa, ele saiu animado e acreditando que esse dilema se resolverá em 2020, quando todos serão efetivamente contados e a "justiça será feita" à cidade. 

Da esq. para a dir. o prefeito de Maetinga, Edcarlos Lima Oliveira, conversa com André Urpia, Francisco Brito e Artur Ferreira Filho, chefe da UE/BA
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